"O Reino dos Céus é como um tesouro..."

Evangelho (Mateus 13,44-46)
Segunda-Feira, 23 de Agosto de 2010

Naquele tempo disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

Primeira leitura (2º Coríntios 10,17–11,2)
Segunda-Feira, 23 de Agosto de 2010


Irmãos, 17quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura.

Salmo (Salmos 148)
Segunda-Feira, 23 de Agosto de 2010


— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!
— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!

— Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!
— Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juizes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos.
— A majestade e o esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra! Ele exaltou seu povo eleito em poderio, ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.

Homilia:

A vocação – seja qual for ela -, objetivamente é o maior valor que podemos possuir, pois ela é o caminho da plenitude da felicidade e realização de cada um de nós; por meio dela se manifesta o plano do amor de Deus na vida de cada um de nós. No entanto, subjetivamente – a partir de cada um de nós, a vocação terá o valor e a qualidade para cada um, fundamentados naquilo que viemos a deixar, para que pudéssemos viver esta vocação. Explico.

Objetivamente: a vocação é o grande dom de Deus a nós; é o chamado de Deus feito a nós, para que, percorrendo um caminho específico venhamos a nos realizar plenamente em todos os sentidos da nossa vida.

Subjetivamente: o que deixamos, para seguir este caminho, frente ao convite de chamado do Senhor? Deixamos muitas ou poucas coisas? Isso que deixamos possui um valor incomensurável? Pois quanto mais valioso é aquilo que deixamos, tanto mais valioso vai se tornar a vocação para nós.

Nunca me esqueço daquilo que fui convidado a deixar para seguir o caminho do sacerdócio: estava prestes a me casar, quando tive de sublimar um relacionamento com uma noiva maravilhosa; um futuro brilhante no exército; fui para o seminário, deixei o meu pai, que estava canceroso, em casa; tive que deixar a minha família e tantas outras coisas, minhas “riquezas”, para ir em busca do tesouro de maior valor, aquele “terreno” do Evangelho.

Hoje, percebo que seria muito feliz e realizado se não tivesse dado meu “sim” para Deus e tivesse constituído uma família no Senhor. Todavia, não seria plenamente feliz e realizado; plenamente feliz e realizado estou hoje: como pessoa, como sacerdote, como missionário na Canção Nova, pelo fato de estar na vontade de Deus.

Muitas vezes, me deu vontade de desistir. Mas por que não consegui desistir? Porque tudo aquilo que me impulsionava a desistir era infinitamente menor aos valores que deixei, fazendo com que minha vocação se tornasse o maior tesouro, maior até mesmo que tudo o que havia deixado.

Aquilo que deixamos, com amor e de forma generosa, quando fazemos para alegrar o Coração de Deus, é justamente isso que dará valor – para nós – à vocação a qual o Senhor nos chama. Para dizer que vale a pena deixar nossas preciosidades para adquirirmos a riqueza por excelência: Deus e Sua vontade em nossa vida.

Quantos resolveram optar pelas suas preciosidades e as deixaram de trocar pelo tesouro maior que é Deus e Sua vontade e, por isso, trazem por toda vida uma decepção profunda de não poder estar no lugar certo, sendo aquilo para o qual o Senhor os chamou. Sim, são felizes. Por isso, não são plenos; sempre trazem consigo a certeza de que se tivessem respondido de forma diferente seriam plenamente felizes.

Vocação acertada é certeza absoluta de vida plenamente feliz e realizada! Como sabermos se estamos na vocação certa e qual a nossa vocação? Sendo de Deus, íntimos d’Ele! Como consequência desta intimidade acontecerá a manifestação de um Deus que é Pai e que manifesta Seu plano de amor para cada um de nós.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/

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