"Deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades."

Evangelho (Lc 19,1-6)

1 Reunindo Jesus os doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades.
2 Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.
3 Disse-lhes: Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas.
4 Em qualquer casa em que entrardes, ficai ali até que deixeis aquela localidade.
5 Onde ninguém vos receber, deixai aquela cidade e em testemunho contra eles sacudi a poeira dos vossos pés.
6 Partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte.


Oração do dia

Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leitura (Provérbios 30,5-9)
Leitura do livro dos Provérbios.


5 Toda a palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele.
6 Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te corrija e sejas achado mentiroso.
7 Eu te peço duas coisas, não mas negues antes de minha morte:
8 afasta de mim falsidade e mentira, não me dês nem pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário,
9 para que, saciado, eu não te renegue, e não diga: Quem é o Senhor? Ou que, pobre, eu não roube, e não profane o nome do meu Deus.

Salmo responsorial 118/119

Vossa palavra é uma luz para os meus passos!

Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a vossa lei como um presente!

A lei de vossa boca, para mim,
vale mais do que milhões em ouro e prata.

É eterna, ó Senhor, vossa palavra,
ela é tão firme e estável como o céu.

De todo mau caminho afasto os passos,
para que eu siga fielmente as vossas ordens.

De vossa lei eu recebi inteligência,
por isso odeio os caminhos da mentira.

Eu odeio e detesto a falsidade,
porém amo vossas leis e mandamentos!


Homilia:

Intimidade com o Senhor

Jesus, após ter chamado Seus apóstolos, os convida para que “sejam”; o “fazer” será consequência. Ser o quê? Íntimo d’Ele, amigo d’Ele; vida mergulhada na vida de Cristo – é daí que nasce a intimidade. Fazer o quê? Quanto a isso não devemos nos preocupar, pois o Senhor nos dirá e nos orientará quanto ao que fazer e como fazer.

Como se não bastasse, o Senhor, além de nos mostrar o que fazer na obra da evangelização, nos capacita e nos presenteia com todos os meios para a missão; meios estes que são os dons, os ministérios, os talentos, os carismas e frutos do Espírito Santo de Deus. A nossa felicidade consistirá em sermos canais de cura, libertação e realização na vida das pessoas; para isso: ser – íntimo de Deus - e fazer, como consequência – fazer a vontade d’Ele.

Para essa missão tão sublime de discípulos e missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a qual somos chamados, o Senhor nos faz dois pedidos fundamentais, dentre tantos, não menos importantes:

1º Pobreza evangélica: não podemos, diante da missão a nós confiada, nos preocupar, perder a atenção e o foco daquilo que Deus quer fazer por intermédio de nós na vida das pessoas na ação evangelizadora. O missionário precisa ter como única bagagem de missão, como único valor, como única riqueza, a vontade de Deus, Sua Palavra e a disponibilidade em servir; não podemos nos prender a nada e a ninguém, pois tudo nos será dado, tendo em vista que o missionário é digno do seu sustendo, do seu salário. A única riqueza precisa ser o Senhor. Aliás, quem precisa muito fora é porque muito pouco possui de Deus dentro de si; então o coração precisa buscar fora o que não consegue encontrar dentro. Dentro de nós, no mais íntimo de nós está Deus.

2º Dê de graça o que recebeste de graça: na vida, tudo é graça; inclusive os encalços e dificuldades, que não vem de Deus mas Deus permite. Permite para que venhamos a crescer, a amadurecer. Crescimento e amadurecimento: eis as maiores graças na vida de uma pessoa. Todos os dons, talentos, virtudes, a própria vocação, tudo isso Deus nos deu, não porque necessitava, mas por pura graça e bondade. O Senhor no-los deu, para que, através disso, na vocação, pudéssemos ser felizes. Colocando tudo isso a serviço dos outros, eis a certeza de felicidade, de santidade. Como é bom, quando nos propomos a servir, com gratuidade, aqueles que o Senhor nos confia. Isso é evangelizar por excelência.

Para isso, é preciso que reforcemos o caminho: ser (íntimos de Deus e de Sua Palavra, vivendo da providência) e servir (de forma gratuita e alegre, pois de graça recebemos e de graça devemos ser canais da graça na vida dos irmãos).


por: Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/


Comentário ao Evangelho

PARTILHANDO A MISSÃO DE JESUS


A missão dos discípulos estava em estreita conexão com a pessoa e a missão de Jesus. Foi ele quem escolheu os doze apóstolos, entre as pessoas que o seguiam. Confiou-lhes o mesmo poder e a mesma autoridade que ele mesmo recebera do Pai. Deu-lhes como missão proclamar o Reino de Deus e curar os doentes, como ele mesmo fazia.
As instruções dadas aos discípulos, para o bom desempenho da missão, correspondiam àquelas pelas quais Jesus pautava o seu ministério. Este era exercido na pobreza. Em momento algum, o Mestre pretendeu impôr-se pela força da riqueza e do poder. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Dependia da caridade alheia, em suas andanças. Sabia ter um trato fraterno com as pessoas que o acolhiam e aos seus discípulos. A família de Maria, Marta e Lázaro era uma das casas onde ele se sentia entre irmãos.
Também fez a dura experiência de rejeição. Tanto pessoas, como os mestres da Lei e os fariseus, quanto cidades inteiras, como Corozaim, Betsaida, Cafarnaum, Jerusalém, recusaram-se a lhe dar ouvido. Contudo, a atitude hostil dos habitantes dessas cidades não o dispensava de seguir adiante para cumprir a missão recebida do Pai. Pelo contrário, ia de aldeia em aldeia, proclamando a Boa Nova do Reino.
Cabe ao discípulo seguir pela trilha aberta pelo Mestre, sem se iludir, pensando ter um fim diferente. A cruz também o espera.

Prece
Espírito de fidelidade à missão, apesar da perspectiva da cruz, concede-me a graça de levar adiante a missão de Jesus, com a mesma disposição que ele sempre teve.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

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