“Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?”

Evangelho (Lucas 14,1-6)
Sexta-Feira, 29 de Outubro de 2010


1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam.
2Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” 4Mas eles ficaram em silêncio.
Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” 6E eles não foram capazes de responder a isso.


Primeira leitura (Filipenses 1,1-11)
Início da Carta de São Paulo aos Filipenses.


1Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os seus bispos e diáconos; 2graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3Dou graças ao meu Deus, todas as vezes que me lembro de vós. 4Sempre em todas as minhas orações rezo por vós, com alegria, 5por causa da vossa comunhão convosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus. 7É justo que eu pense assim a respeito de vós todos, pois a todos trago no coração, porque, tanto na minha prisão como na defesa e confirmação do Evangelho, participais na graça que me foi dada. 8Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós, com a ternura de Cristo Jesus. 9E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, 10para discernirdes o que é o melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, 11cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus.


Salmo (Salmos 110)

— Grandiosas são as obras do Senhor!
— Grandiosas são as obras do Senhor!

— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
— Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
— Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações.


Homilia:

Jesus tem um amor preferencial

Jesus encontra-se na casa de fariseus e lá está para tomar refeição com eles. Interroga-os acerca da atitude de se curar alguém em dia de sábado ou não. Mediante o silêncio deles, Jesus toma o enfermo e cura-o na presença de todos. Jesus tem um amor preferencial pelo doentes, marginalizados, excluídos da salvação.

Por que essa preferência de Jesus pelos marginalizados da salvação? “Não têm necessidade de médicos os sãos, mas os doentes. Ide, aprendei o que significam essas palavras: Eu quero misericórdia e não o sacrifício” (Os 6,6). “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9,12b-13). Eis aqui a explicação da conduta de Jesus e o substrato de todo o Seu ministério de encarnação na raça humana, a razão de toda a Sua vida e do Seu Evangelho, a finalidade da Sua morte e ressurreição.

Jesus provoca intencionalmente o escândalo dos puritanos tomando partido dos pecadores para mostrar a misericórdia de Deus, que os acolhe e perdoa como o pai do filho pródigo o faz. Mais ainda: avisou aos chefes religiosos do povo judeu de que publicanos e prostitutas lhes antecederiam no caminho do Reino de Deus. De fato, foram os pecadores e ignorantes, os pequenos e os pobres, os doentes e os marginalizados que captaram a mensagem libertadora de Cristo melhor que os justos e os sábios, os grandes e os entendidos.

Ninguém, pois, deve escandalizar-se; porque a misericórdia de Deus não é cumplicidade e laxismo permissivo, mas procura do homem para o promover e o redimir. Mateus era um marginalizado da salvação e um discriminado social, como o são hoje tantos homens e mulheres. Não obstante, ou precisamente por isso, Cristo dignifica-o e restabelece-o na sua condição de pessoa e de filho de Deus com o voto de confiança que supôs o convite do “segue-me”. Sugestão que, por certo, contava com todos os pressupostos em contrário. Mas para o Senhor a pureza religiosa autêntica não é a legal, mas a conversão ao amor, à piedade e à misericórdia.

por: Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova


JESUS EM BETÂNIA Lc 14,1-6

por: Pe. Bantu Mendonça K. Sayla

O sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26). Esta relação mais direta entre o “dia de Deus” e o “dia do homem” não pode passar despercebida à nós cristãos.

A este propósito, S. Ambrósio diz: “Demos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e nem aqui leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que Ele fez o homem e que então repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados”.

Assim, o “dia de Deus” estará sempre diretamente relacionado com o “dia do homem”. Quando o mandamento de Deus diz: “Recorda-te do dia de sábado, para o santificares” (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição grave para o homem, mas antes uma ajuda, para que se conscientize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o “repouso” de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf. Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf. Gn 1,22.28), de uma espécie de “fecundidade”. Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, “multiplicar” o próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.

Jesus nos ensina a também sermos coerentes nas nossas ações e a não deixarmos para fazer depois o bem que podemos fazer hoje. Quantas vezes nós deixamos de realizar alguma boa obra porque o dia não nos é conveniente ou porque as regras do mundo não nos permitem fazê-lo! Quanto medo nós temos hoje de ajudar a alguém porque podemos estar caindo em alguma emboscada! Nem sequer paramos para escutar as pessoas, quando estamos na Igreja, ou muito ocupados(as) na nossa oração! Mesmo já tendo descoberto o reino de Deus e de querermos servir ao Senhor, nós ainda damos muito crédito às normas dos homens e aos comentários das pessoas que observam as nossas ações. Jesus não escolhia dia, hora e nem lugar para envolver-se com aqueles que Dele se aproximavam, pelo contrário: Ele até os procurava com o olhar e mesmo sem que o pedissem Ele os tocava e curava, ainda que fosse em “dia de sábado”. O dia de sábado pode significar também algo que o mundo recrimina e proíbe.

E você tem medo de ajudar as pessoas para não envolver-se em alguma trama? Qual será o dia ideal para se fazer o bem? Você tem medo de comentários maldosos quando você faz o bem “em dia de sábado”?

Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta obrigação urgente.
fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia

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