"Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado".

Evangelho (Mateus 8,5-11)
Segunda-Feira, 29 de Novembro de 2010


Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!, e ele vai; e a outro: ‘Vem!, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!, e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.


Primeira leitura (Isaías 2,1-5)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.


1Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém. 2Acontecerá nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, 3para lá irão numerosos povos e dirão: “Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos”; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a Palavra do Senhor. 4Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. 5Vinde todos, da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.


Primeira Leitura (Is 4,2-6)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.


2Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de grande alegria para os sobreviventes de Israel. 3Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém. 4Quando o Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião, e limpado as manchas de sangue dentro de Jerusalém, com espírito de justiça e de purificação, 5ele criará em todo o lugar do monte Sião e em suas assembleias uma nuvem durante o dia, e fumaça e clarão de chamas durante a noite: e será proteção para toda a sua glória, 6uma tenda para dar sombra contra o calor do dia, abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.


Salmo (Salmos 121)

— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
— Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
— Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
— Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
— Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! Que a paz habite dentro dos teus muros, tranquilidade em teus palácios!
— Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!



Homilia:

Os milagres, mais que apoiar a fé em Cristo, brotavam, da fé prévia n’Ele. Era a fé dos que lhos mulplicavam e confiavam no poder de um homem de Deus, que suscitava a intervenção extraordinária da energia divina que residia na pessoa, palavras e gestos de Jesus de Nazaré. Contudo, também é certo que, num segundo momento, o milagre vinha confirmar e afiançar essa fé inicial, como anota o evangelista João depois de relatar a conversão da água em vinho nas bodas de Caná: “Jesus manifestou a sua glória e cresceu a fé dos seus discípulos nele”.

A tal ponto a fé era pressuposto essencial e condição indispensável para os milagres, que onde Jesus não encontrava fé, como sucedeu com os seus conterrâneos de Nazaré, “não podia” fazer nenhum milagre. Uma e outra vez Cristo repete às pessoas agraciadas por Ele com um favor prodigioso: A tua fé te curou, a tua fé te salvou. O apóstolo Pedro foi capaz de caminhar sobre as ondas encrespadas do mar Galiléia enquanto durou a fé; quando duvidou, começou a afundar. Em certa ocasião quando os discípulos tentaram curar um endemoniado epilético sem o conseguirem, Jesus atribui-o à sua falta de fé, que se esta fosse do tamanho de um grão de mostarda teria bastado.

A fé que Cristo requeria como premissa para os Seus milagres era uma fé, pelo menos inicialmente, na Sua pessoa como Messias enviado por Deus; definitivamente, fé no poder salvador de Deus. Pois os milagres estavam em relação direta com a salvação proclamada pela Boa Nova do Reino de Deus, presente na pessoa e no anúncio de Jesus. Daí a necessidade da fé n’Ele.

Cada milagre de Cristo proclama que Ele é fonte de vida, esperança e libertação para o homem; porque o significado mais profundo dos milagres do Senhor radica no mistério pascal, na vitória sobre a morte por meio da Sua ressurreição, que é o maior dos Seus milagres.

Próximo da morte, João Batista interrogou Jesus sobre a Sua identidade messiânica. Cristo respondeu remetendo-se à Sua pregação e milagres: “Os cegos veem e os inválidos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado a Boa Nova”. Notemos que o anúncio do Evangelho vai unido e equiparado às curas. Jesus tornava assim efetivo o programa messiânico de libertação integral do homem, o qual foi traçado na sinagoga de Nazaré, e uniu assim indissoluvelmente evangelização e libertação humana, como sinais ambos da presença e eficácia salvadora do Reino de Deus na pessoa d’Ele.

Tal exemplo libertador assinala-nos um caminho de compromisso cristão com a libertação da dor dos nossos semelhantes em qualquer das suas manifestações: doença e fome, miséria e ignorância, opressão e escravidão. Por que outro meio, senão este, pode o mundo de hoje captar a presença de Cristo e a ação libertadora do Seu Evangelho entre os homens, nossos irmãos?

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

fonte: blogcancaonova.com/homilia

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