Evangelho (Lucas 13,18-21)
Terça-Feira, 25 de Outubro de 2011
Sto. Antonio de Sant’Anna Galvão
Primeira leitura (Romanos 8,18-25)
Terça-Feira, 25 de Outubro de 2011
Sto. Antonio de Sant’Anna Galvão
Irmãos, 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.
Salmo (Salmos 125)
Terça-Feira, 25 de Outubro de 2011
Sto. Antonio de Sant’Anna Galvão
— Maravilhas fez conosco o Senhor!
— Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
— Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
— Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
— Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!
Abra-se à simplicidade e à beleza do Reino do Céu
Jesus usava os exemplos mais simples possíveis. Em outra passagem, chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque eles não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo. Então, eles tinham mais dificuldade de entender e, às vezes, se confundiam.
Hoje, Jesus se desafia. “Com que poderei comparar o Reino dos Céus?” Primeiro, Ele o compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, mas que gera uma árvore enorme. E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus, a semente é o Evangelho, o terreno é o nosso coração e a árvore que vai crescendo, a partir daquela semente, é a nossa vida, é próprio Reino dos Céus onde as aves fazem ninho. As crianças de todas as idades se aconchegam onde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus, onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados. E mesmo quando vem o lenhador e corta os seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.
A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com três porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto! Existe todo um processo para fazer ele penetrar na massa.
Eu fico imaginando aquelas mulheres quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação. A farinha é o nosso ser e o fermento é o amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada e remodelada para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que, no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual.
Nós também precisamos ser amassados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, será preciso amassá-la e sovar um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual sem áreas deformadas pela falta do fermento.
Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazê-lo entender o que é o Reino dos Céus e desejar – com todas as forças – fazer parte dele.
Senhor, faça com que eu seja instrumento de Seu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, principalmente aos pobres e marginalizados.
Padre Bantu Mendonça
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