Evangelho (Lucas 11,37-41)
Terça-Feira, 11 de Outubro de 2011
Naquele tempo, 37enquanto Jesus falava, um fariseu convidou-o para jantar com ele. Jesus entrou e pôs-se à mesa. 38O fariseu ficou admirado ao ver que Jesus não tivesse lavado as mãos antes da refeição. 39O Senhor disse ao fariseu: “Vós fariseus, limpais o copo e o prato por fora, mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades. 40Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que vós possuís e tudo ficará puro para vós”.
Primeira leitura (Romanos 1,16-25)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, 16eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força salvadora de Deus para todo aquele que crê, primeiro para o judeu, mas também para o grego. 17Nele, com efeito, a justiça de Deus se revela da fé para a fé, como está escrito: O justo viverá pela fé.
18Por outro lado, a ira de Deus se revela, do alto do céu, contra toda a impiedade e iniquidade dos homens que em sua iniquidade oprimem a verdade. 19Pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto aos homens: Deus mesmo lhos manifestou.
20Suas perfeições invisíveis, como o seu poder eterno e sua natureza divina, são claramente conhecidas através de suas obras, desde a criação do mundo. Assim, eles não têm desculpa 21por não ter dado glória e ação de graças a Deus como se deve, embora o tenham conhecido. Pelo contrário, enfatuaram-se em suas especulações, e seu coração insensato se obscureceu: 22alardeando sabedoria, tornaram-se ignorantes 23e trocaram a glória do Deus incorruptível por uma figura ou imagem de seres corruptíveis: homens, pássaros, quadrúpedes, répteis. 24Por isso, Deus os entregou com as paixões de seus corações a tal impureza, que eles mesmos desonram seus próprios corpos. 25Trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.
Salmo (Salmos 18)
— Os céus proclamam a glória do Senhor!
— Os céus proclamam a glória do Senhor!
— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
Homilia:
A pureza interior adquire-se num processo cuidadoso e exigente
Estamos mais uma vez diante da admirável pregação de Jesus que move e comove a todos. Sua Palavra penetra até o fundo dos corações, ao ponto de até os fariseus sentirem-se na obrigação de convidá-lo para o banquete.
Estranho é notar que, sobre a doutrina do Mestre, eles não se questionavam. Mas quando se tratava de coisas superficiais como, por exemplo, o mero lavar as mãos antes de comer, eles ficavam escandalizados como se “o lavar ou não lavar” fosse questão de vida ou morte. E, então, a resposta d’Aquele que verdadeiramente convida os homens para o Banquete das Núpcias Eternas não se faz esperar: “Vocês, fariseus, lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de violência e de maldade. Seus tolos! Quem fez o lado de fora não é o mesmo que fez o lado de dentro? Portanto, deem aos pobres o que está dentro dos seus copos e pratos, e assim tudo ficará limpo para vocês”.
O homem tocado e envolvido pela Palavra de Jesus se transforma numa pessoa íntegra, que faz e mostra o que traz em seu coração. Isto exigirá deste mesmo homem uma pureza interior.
A pureza não ocorre por acaso e nem brota da noite para o dia. O apóstolo Pedro compara-a ao processo de depuração do ouro (1 Pedro 1,6-7), no qual o ourives tem de aquecer esse metal várias vezes para que as impurezas e ligas venham à superfície e, assim, ele possa removê-las.
Isto nos leva a concluir que a purificação é um processo. Contudo, não basta desejarmos ser puros. E mesmo que sejamos sinceros e nos empenhemos duramente, isso não é suficiente. Precisamos ter o propósito de sermos conforme à imagem de seu Filho (Rm 8,29).
Jesus deixou bem claro que é impossível servir a dois senhores. Onde estiver nosso tesouro, aí estará também o nosso coração (Mt 6,21). Na luta pela formação de um caráter santo, precisaremos guardar no coração certos elementos e barrar a entrada de outros. Quem não cuida bem de seu coração está se predispondo a ter problemas. Quem o guarda com todo cuidado, vence. O único fator que pode impedir que um homem se entregue à impureza é o intenso amor pela pureza interior. Portanto, lave e guarde a sua mente, o seu coração – e não somente as suas mãos – e você será verdadeiramente puro.
Padre Bantu Mendonça
fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/10/11/
Por: Sesimar Alves / Sobral
Há 5 anos
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