"Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.


Evangelho (Lucas 16,1-8)

Sexta-Feira, 4 de Novembro de 2011
São Carlos Borromeu



Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’.
3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!” O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.



Primeira leitura (Romanos 15,14-21)

Sexta-Feira, 4 de Novembro de 2011
São Carlos Borromeu



Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Meus irmãos, 14de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, de que tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu.
16Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo.
17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus.
Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer de eu construir sobre alicerce alheio. 21Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão”.




Salmo (Salmos 97)

Sexta-Feira, 4 de Novembro de 2011
São Carlos Borromeu




— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!



Aprenda a aproveitar os bens concedidos por Deus

Postado por: homilia

novembro 4th, 2011

Jesus contou aos Seus discípulos a respeito de um homem que era administrador de uma grande fazenda, na qual se cultivavam cereais e oliveiras. Um homem rico era o dono dessa propriedade e vivia numa cidade distante, de modo que delegava amplos poderes ao seu ecônomo. Desta forma, o administrador tratava com os colonos e clientes do seu patrão, alugava, vendia e comprava a seu bel-prazer.

Um dia, o administrador foi chamado ao escritório do seu patrão que lhe disse secamente: “Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador”.

A partir disso compreende-se que, na verdade, o administrador era desonesto e também leviano. Levava vida fácil e alegre, jogando com os bens de que dispunha a cada dia sem mesmo se preocupar com o amanhã ou com o seu próprio enriquecimento. Era o homem “não sábio”, insensato, que ao ser demitido se viu dolorosamente embaraçado: nada tinha para garantir o seu futuro, pois simplesmente dilapidava os bens do patrão. Levou, pois, um grande susto!

Pôs-se então a monologar consigo mesmo: “O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer… Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas”.

Nota-se que ele não se desculpava, mas reconhecia a sua culpa. Que faria doravante? Cavaria a terra? Mendigaria? Nem uma coisa nem outra: o administrador – que fizera as vezes de senhor de boa categoria social – tinha vergonha. Além disso, para cavar a terra faltavam-lhe as forças e o hábito. Quanto a mendigar, parecia-lhe duplamente vergonhoso depois de uma vida abastada.

Com efeito, os judeus consideravam a mendicância como castigo de Deus (ver Eclo 40,29s): “Filho, não vivas mendigando: é melhor morrer do que mendigar. Ao homem que olha para a mesa alheia, a vida não deve ser contada como vida”. Até nisso o administrador tem razão, porque Deus não nos fez para a mendicância, mas para a vida plena.

De repente, aquele ecônomo descobriu um artifício astuto para se livrar das dificuldades. Chamaria cada um dos devedores do patrão e lhes diminuiria a sua dívida. Quem aceitasse tão vantajosa negociação ficaria depois obrigado a receber em sua casa o administrador demitido e carente de apoio.

Assim, o desonesto ecônomo aproveitou os últimos dias de sua gestão não para devolver o que roubara, mas para roubar mais ainda. Só que dessa vez com proveito para si: com previdência e esperteza. Ele que sempre roubara com leviandade e futilidade.

Compreende-se que os credores tenham aceito prontamente a “interessante” proposta do administrador, sem pensar talvez nas obrigações que contraíam para com ele num futuro próximo. Notemos, aliás, o estilo do diálogo do ecônomo com os devedores: começa pela pergunta “Quanto deves ao meu senhor?”,pergunta retórica, pois seguramente ele sabia o montante. A questão, porém, era válida para recordar ao devedor a importância da sua dívida. Reconheceria melhor, assim, o vulto do favor que lhe era prestado pelo ecônomo astuto. Assim, na hora do reembolso ficava com a diferença como se fosse seu honorário ou juro.

Colocando no recibo a quantia real, ele apenas estava se privando do benefício que lhe tocaria segundo o costume vigente. Sua desonestidade, portanto, não consistiria na redução de dívidas devidas ao patrão, mas nas ações fraudulentas anteriores que provocaram a sua demissão.

A parábola nos ensina, como outras já estudadas, a aproveitar os bens que temos, não necessariamente o dinheiro, mas outros dons de Deus… enquanto é tempo, enquanto somos peregrinos à luz desta vida terrestre. “Hoje, Oxalá ouçais a sua voz… Não endureçais vossos corações, [...] como vossos pais, que me tentaram, embora tivessem visto as minhas obras” (SI 94,7-9). Não sabemos quantas vezes ainda diremos “Hoje…”. Daí a urgência de aproveitar o presente.

Saibamos tirar proveito também dos sustos e reveses desta vida. Tudo é graça no plano de Deus. Tudo pode servir para a nossa salvação.

O grande mal que pode acometer um cristão é a mediocridade de vida, é a acomodação sem dinamismo. Para Deus, só pode haver uma resposta condigna: doar-se totalmente, sem regateios. Diz o Senhor:“Conheço a tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar de minha boca” (Ap 3,15s).

O desfibramento da vida cristã, que por si é extremamente dinâmica, é que causa a perplexidade e a indiferença do mundo ateu. “Vós sois o sal e a luz do mundo…”, diz o Senhor (Mt 5,13). Portanto, Deus quer que você seja sal e luz no mundo e para o mundo.

Padre Bantu Mendonça


Fonte:

http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/11/04/


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