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41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?”
42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente, que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa, para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do Senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”
Evangelho (Lucas 12,32-48)
Domingo, 8 de Agosto de 2010
Primeira leitura (Sabedoria 18,6-9)
Livro da Sabedoria:
6A noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos. 7Ela foi esperada por teu povo, como salvação para os justos e como perdição para os inimigos.
8Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários serviu também para glorificar-nos, chamando-nos a ti.
9Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isso, enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais.
Segunda leitura (Hebreus 11,1-2.8-12)
Carta aos Hebreus:
Irmãos: 1A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem.
2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia.
9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.
11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa.
12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”.
Salmo (Salmos 32)
— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!/ Aos retos fica bem glorificá-lo./ Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!
— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,/ e que confiam esperando em seu amor,/ para da morte libertar as suas vidas,/ e alimentá-los quando é tempo de penúria.
— No Senhor nós esperamos confiantes,/ porque ele é nosso auxílio e proteção!/ Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,/ da mesma forma que em vós nós esperamos
Homilia:
“Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino.” Estas palavras de Jesus tocam profundamente o nosso coração, pois manifesta a mais profunda misericórdia e o amor de Deus por cada um de nós.
Mas, para que possamos mergulhar no Evangelho deste final de semana é cabível respondermos a uma pergunta que é fundamental para nós. Na verdade, o que é este Reino, que é do agrado do Pai dar a cada um de nós? O Reino é um lugar? O Reino dos céus nada mais é que: adesão a Jesus Cristo e solidariedade e fraternidade para com os nossos irmãos.
O Senhor manda que vendamos os nossos bens; na perspectiva do Reino, como devemos entender isso? Da seguinte forma: Quem adere ao senhorio de Jesus Cristo em sua vida passa a ter como sua única propriedade e riqueza o próprio Senhor; isso não quer dizer ausência de bens materiais; pelo contrário, pois dependemos deles para viver e devemos viver bem, com a maior dignidade possível. Entretanto, estes bens não podem ser senhores da nossa vida, pois nossa principal propriedade e riqueza devem ser o Senhor e a Sua vontade em nossa vida.
Adesão a Jesus Cristo significa voltar toda a nossa alma e coração para Deus, vivendo uma profunda experiência de amor com o Amado; enquanto Igreja somos esta esposa que aguarda o Esposo chegar; para isso, precisamos estar atentos, preparados, com as lâmpadas acesas. Que lâmpadas são estas? São as lâmpadas da virtude e dos valores. Não existe esposa, noiva, sem o seu amado. O Amado é Cristo e a Esposa é a Igreja.
O Reino também é solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos, ou seja, para dizer que o amor não é sentimento – passa, ou não, pelos sentimentos – mas, acima de tudo, é decisão. Não amo por sentir vontade, mas por decisão livre. As lâmpadas acesas esperando o Noivo significam que o nosso amor precisa estar abrasado, aceso, atento para receber o Amado que chega a qualquer momento desfigurado na pessoa de cada necessitado, e aí, somos chamados a viver as obras de misericórdia, ou seja, solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos.
Onde está o nosso tesouro aí está o nosso coração. Onde se encontra o nosso coração? O nosso tesouro é o Reino, ou seja, aderimos o senhorio de Jesus na nossa vida vivendo uma profunda intimidade com Ele, vivendo na Sua vontade? Ou o senhor da minha continua sendo eu e minha vontade? E quanto às obras de misericórdia – vivendo uma solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos, como fruto do amor e não de uma simples filantropia – como se encontra esta realidade em minha vida? A fé sem obras é morta!
Que o Senhor converta o nosso coração e que o nosso tesouro seja o Reino de Deus, pois a qualquer momento o Esposo chegará. Para que eu não tenha surpresas, preciso viver a vocação principal na qual fui chamado: ser Esposa, ou seja, ser Igreja.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Novafonte:
http://blog.cancaonova.com/homilia/
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
(Este comentário do Evangelho foi feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
JULGAR O QUE É JUSTO
As rupturas criadas no seio da humanidade pela pregação de Jesus põem em alerta o discípulo do Reino. Por um lado, torna-se esgotante levar adiante uma luta infindável contra as forças do anti-Reino, muitas vezes, sem se perceber resultados concretos. E isso, parece inútil. Por outro, desiludido, pode o discípulo deixar-se encantar pelos valores do anti-Reino e ser levado a romper com o Reino.
A opção pelo Reino lança-o num verdadeiro campo de batalha. E sua opção é posta à prova. Como adversários, pode encontrar até mesmo os familiares mais caros. Não seria preferível buscar a via da conciliação, à custa de abrir mão do projeto do Reino? Até quando estaria o discípulo em condições de suportar o confronto entre o amor familiar e as exigências do Reino, quando não existe coincidência entre ambos?
Daí a necessidade de julgar o que é justo e mais conveniente. A questão crucial consiste em saber quais são os critérios para se fazer este julgamento. Se a verdade, a justiça e os demais valores do Reino têm prioridade na vida do discípulo, este será capaz de opor-se às exigências familiares, quando forem contrários àqueles valores. Caso contrário, seu julgamento será incorreto, e não corresponderá ao querer divino. Em outras palavras, terá renunciado a ser discípulo de Jesus.
Prece
Espírito que leva a julgar corretamente, dá-me suficiente coragem para decidir-me sempre pelo Reino e seus valores, mesmo devendo contrariar amigos e familiares.
fonte:
http://www.npdbrasil.com.br
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