Quem comer deste pão viverá eternamente!

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.
48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
(João 6,44-51)

As pessoas, de acordo com a sua interpretação materialista do pão de que Cristo lhes fala – tal como a samaritana a respeito da água viva -, dizem a Jesus: Senhor, dá-nos sempre deste pão. Este pedido propicia a grande autorrevelação, por meio da qual o Senhor se identifica com o pão em questão: “Eu sou o pão da vida. O que vem a mim nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede”. Este é o enunciado básico da primeira parte do discurso do pão da vida que, tal como a água viva, satisfaz para sempre a fome a sede do que crê n’Ele.

A expressão “eu sou” é a fórmula com que Deus se revela no Antigo Testamento. Mas no uso que Cristo faz desse dizer, o evangelista João costuma juntar-lhe um predicado: “Eu sou” o pão da vida, a água viva, a luz do mundo, o Bom Pastor, a ressurreição e a vida, a videira verdadeira, entre outros.

Por sua vez, na expressão “pão da vida” está subjacente, como referência, às origens, por um lado, e às realidades últimas, por outro. Cristo é a vida imortal prometida ao homem desde o principio e à qual este agora pode ter acesso efetivo mediante a fé. No paraíso, o homem – Adão e Eva – quis provar o fruto na árvore da vida para se tornar semelhante a Deus, quis construir a sua própria felicidade sem contar com o Criador. O resultado foi totalmente oposto ao desejado: aquele alimento foi veneno de morte e o homem foi expulso do Jardim do Éden.

Contudo, a esperança da restauração e de recuperar o paraíso perdido não morreu ao longo dos séculos. A tradição judaica via na lei do Senhor a árvore da vida para todo o que a estudava e fazia sua. Este lugar da lei foi ocupado depois pela sabedoria. No Novo Testamento fica claro que Cristo Jesus é essa sabedoria e Palavra de Deus. A cruz gloriosa de Cristo, plantada no coração do mundo, é a nova árvore da vida, graças ao fruto da qual pode o homem renascer para a vida eterna.

por: Padre Pacheco
fonte: http://blog.cancaonova.com

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