"Vós sois a luz do mundo."

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.
Evangelho (Mateus 5,13-16)


Homilia:


O sal é elemento familiar em qualquer cultura, pois desde sempre foi utilizado para dar sabor à comida. Inclusivamente, antes de existirem os refrigeradores, era o único meio de preservar da corrupção os alimentos, especialmente a carne. Mas além disso, na cultura bíblica e semita, o sal significava também a sabedoria da vida, que consiste em conhecer e cumprir a vontade de Deus, expressa na Lei Divina. Segundo isso, o cristão, sal da terra, possui a sabedoria de Cristo e o conhecimento do Reino de Deus pela fé na palavra do Evangelho.

Por tudo isso o sal aparece como um feliz simbolismo, de grande riqueza expressiva, para centrar a missão do discípulo de Cristo no meio da sociedade em que vive. O sal é um protagonista muito especial no âmbito culinário, pois dissolve-se por completo nos alimentos e desaparece num sabor agradável. A presença discreta dele quase não se detecta; porém, a sua ausência não se pode dissimular. Essa é a sua condição: passar despercebido, mas atuando eficazmente. Bela maneira de definir a obrigação do cristão: ser sal da terra, sal humilde, fundido, saboroso, que atua de dentro, que não se nota, mas que é indispensável.

Feliz responsabilidade a nossa: descobrir o rosto autêntico e a face oculta de Deus, ser o sal e o sabor da vida, ser graça festiva, ser esperança e otimismo para o tédio e o aborrecimento da existência. Sublime tarefa a do crente: espalhar sem ostentação a riqueza de uma vida cristã interior fecunda ao serviço dos outros.

Não podemos perder o sabor e a luminosidade cristã diluindo-os em palavreado,ou em meras práticas piedosas. Se as pessoas virem a nossa fé religiosa e a nossa conduta orientadas para a fraternidade e o amor, reconhecer-nos-ão como portadores da luz de Cristo e glorificarão o Pai. Como o sal e a luz, a nossa fé e condição cristãs não admitem “meios termos”: ou transformam e iluminam a vida ou não servem para nada!

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

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