
Evangelho (Mateus 11,20-24)
Primeira leitura (Isaías 7,1-9)
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
1No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, aconteceu que Rason, rei da Síria, e Facéia, filho de Romelias, rei de Israel, puseram-se em marcha para atacar Jerusalém, mas não conseguiram conquistá-la. 2Foi dada a notícia à casa de Davi: “Os homens da Síria estão acampados em Efraim”. Tremeu o coração do rei e de todo o povo, como as árvores da floresta diante do vento.
3Então disse o Senhor a Isaías: “Vai ao encontro de Acaz com teu filho Sear-Iasub (isto é, ‘um resto voltará’) até a ponta do canal, na piscina superior, na direção da estrada do Campo dos pisadores; 4e dirás ao rei: Procura estar calmo; não temas nem estremeça o teu coração por causa desses dois pedaços de tição fumegantes, diante da ira furiosa de Rason e da Síria, e do filho de Romelias, 5por terem a Síria, Efraim e o filho de Ro¬melias conjurado contra ti, dizendo: 6‘Vamos atacar Judá, enchê-lo de medo e conquistá-lo para nós, e nomear novo rei, o filho de Tabeel’. 7Isto diz o Senhor Deus: ‘Este plano fracassará, nada disso se realizará! 8Que seja Damasco a capital da Síria e Rason o chefe de Damasco; dentro de sessenta e cinco anos deixará Efraim de ser povo; 9que seja a Samaria capital de Efraim e o filho de Romelias chefe de Efraim. De resto, se não confiardes, não podereis manter-vos firmes’.
Salmo (Salmos 47)
— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
— Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora é a alegria do universo.
— Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande Rei! Deus revelou-se em suas fortes cidadelas um refúgio poderoso.
— Pois eis que os reis da terra se aliaram, e todos juntos avançaram; mal a viram, de pavor estremeceram, debandaram perturbados.
— Como as dores da mulher sofrendo parto, uma angústia os invadiu; semelhante ao vento leste impetuoso, que despedaça as naus de Társis.
Homilia:
Um dos lugares mais lindos e maravilhosos que existem, sem sombra de dúvidas, é Cafarnaum, cidade situada ao norte de Israel, na região da Galiléia, às margens do lago de Tiberíades. Lugar fantástico!
Cafarnaum é o lugar onde Jesus viveu a maior parte da Sua vida pública. Lá ficava a casa de Pedro; era a segunda casa de Cristo; lugar estratégico, pois ali era caminho de muitas pessoas, devido ao comércio e por ser uma cidade, desde sempre, muito desenvolvida. O Senhor aproveita este fato para anunciar a Boa Nova do Reino de Deus.
Uma das coisas que menos preocuparam e preocupam Jesus, em nossa vida, são nossas misérias e imperfeições; aliás, isso não é obstáculo para que o plano de Deus se realize em nós e por nosso intermédio na vida dos outros; o problema é quando o pecado e a miséria se tornam projeto de vida e nossa vida.
O Ressuscitado se incomoda é com o fato do fechamento dos corações frente a tudo que Ele quer fazer e operar em cada um destes, nestes lugares por onde Ele passou, a começar por Cafarnaum. “Ai de ti, Cafarnaum!” Não por haver pessoas miseráveis e pecadoras, mas por haver pessoas totalmente fechadas à ação de Deus, fechadas à Sua misericórdia. É isso que faz o coração de Deus sofrer: não nossos pecados, repito; mas o fechamento de nossos corações.
Jesus investe. Jesus aposta. Jesus se empenha em amar os mais necessitados. Em contrapartida, são os que mais se fecham à ação e graça de Deus. Quantos gostariam de ter tido a oportunidade de receber o que eles receberam e não puderam; e estes que receberam, não deram valor. Ai de ti, Cafarnaum, Corazim, Betsaida (cf. Lc 10, 13.15).
Mas precisamos nos perguntar: Este território, que é a nossa vida, o nosso coração, onde tantas graças recebemos da parte de Deus, por meio da Eucaristia diária, sacramentos à disposição para serem administrados, tantos meios para a nossa formação, como se encontra a nossa abertura de conversão e abertura aos milagres? Estamos saboreando e aproveitando estas graças ou estamos indiferentes a tudo isso? Ai de ti, meu irmão e minha irmã!
Em tantos lugares no mundo não é possível anunciar o Evangelho. Quantos não sabem a última vez que puderam participar de um sacramento e receber Jesus; quantas perseguições para poderem defender a fé! Como gostariam de ter as oportunidades que temos para poder viver a fé… E nós aqui, muitas e muitas vezes, vivendo uma profunda indiferença…! Ai de nós! Ai de nós! Ai de nós, meus irmãos…!
Precisamos nos converter! Precisamos aprender a dar valor àquilo que temos e não é pouco. Daí entendemos: quanto mais é dado, tanto mais nos será cobrado. Tomara que não venhamos a aprender somente quando chegar a grande tribulação – que não está longe. Quando chegar este tempo, muitos que ainda não fundamentaram a sua fé, não terão tempo, pois o tempo é agora: tempo de firmarmos a fé para o que há de vir. Jesus está “às portas”. Coragem, pois Ele venceu o mundo!
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
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