"Ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus."

Evangelho (Mateus 1,18-23)
Quarta-Feira, 8 de Setembro de 2010


18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.
19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.

Primeira leitura (Miquéias 5,1-4a)
Leitura da profecia de Miqueias.

Assim diz o Senhor: 1”Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. 2Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos de Israel. 3Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, 4ae ele mesmo será a paz”.


Salmo (Salmos 70,6;12,6)

— Exulto de alegria no Senhor.
— Exulto de alegria no Senhor.

— Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo: para vós o meu louvor eternamente!
— Uma vez que confiei no vosso amor, meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!


Homilia:

Natividade de Nossa Senhora
por: padrepacheco

Hoje, com toda a Igreja, celebramos a Natividade de Nossa Senhora, ou seja, queremos louvar e bendizer a Deus pela Encarnação do Seu Filho que, assumindo nossa humanidade, nos salva verdadeiramente do pecado e da morte; após esse evento, – por meio da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus – o pecado e a morte não possuem mais a última palavra na vida de todo ser humano.

Todavia, para isso, Deus quis contar com uma pessoa, uma criatura, que pudesse vir ao mundo; veja, o Altíssimo quis precisar dela, pois essencialmente, Ele não precisa de nada e nunca precisou, pois é Deus. A Encarnação de Cristo, por meio de uma mulher, foi a forma mais viável, agradável e querida pela Trindade Santa. Sendo assim, Deus Pai quis contar com uma mulher para ser a Mãe de Seu Filho: a Santíssima Virgem Maria.

Por causa da missão – não por ser maior ou menor que qualquer outra criatura – a Virgem Maria é considerada em si mesma e no lugar que ocupa na história da salvação como a escolhida para ser a Mãe de Deus e Mãe de todos os homens. Por essa razão, o Todo-poderoso dotou-a de prerrogativas especiais e únicas, de acordo com a missão para a qual ela fora destinada, ou seja: a)criatura única e irrepetível; b) ocupa lugar único na história da salvação; c) maternidade divina; d) maternidade do gênero humano; e) perfeição de Maria.

Todavia, nesta liturgia de hoje, também somos convidados a agradecer à pessoa de Maria, nossa Mãe, por tão grande amor à humanidade aceitando a missão dada pelo Pai de ser a Mãe do Redentor e, por isso, é corredentora. E em que sentido Nossa Senhora é corredentora? Maria é corredentora na obra da salvação, da redenção de Deus, pois pela maternidade divina tem uma ação conjunta, mas subordinada a Cristo redentor. Sua corredenção corresponde à sua maternidade física a Cristo e mística aos cristãos.

Por sua maternidade divina, a Virgem Maria participa de maneira subordinada na função mediadora de Cristo, participa como intercessora; daí os títulos atribuídos a ela: Advogada, Auxiliadora, Onipotência Suplicante e Mediadora. Mediadora, refere-se a multiforme intercessão de Maria, por se distinguir dos demais por sua maternidade, tendo uma intercessão única e singularmente eficaz.

Em Maria aprendemos algumas características fundamentais para que nossa vida atinja a santidade tão querida e desejada por Deus. Ela é modelo de Igreja, ou seja, no exemplo da Mãe de Jesus e nossa, aprendemos como chegar à vontade de Cristo, a santidade perfeita. A Virgem Santíssima é a mulher do silêncio, guardava tudo em seu coração e sempre se perguntava e perguntava ao Pai qual seria o ensinamento que ela precisava adquirir frente a tudo que acontecia. Não murmurava nem se queixava pelos reveses da vida, mas procurava ver o que Deus Pai queria ensinar-lhe e falar-lhe, independentemente do que vinha a acontecer. Maria é a mulher do olhar unifocal, ou seja, tinha olhar somente para Deus e à Sua santa vontade. Nossa Senhora nos ensina a ver a vida não “a partir” do sofrimento, das cruzes, mas “além” do sofrimento, das cruzes… numa profunda confiança no Pai. Maria é a mulher atenta, serviçal, aquela que está sempre pronta para servir; serviço este cuja essência não é fazer algo, mas ser, ou seja, ser portadora do mistério e levar outros a saborear o mistério que é Deus por excelência. A Santíssima Virgem Maria, quando vai à casa de Isabel, vai para levar o mistério àquela mulher que está sedenta de Deus. Quando ela chega, aonde chega, tudo se estremece – como o seio de Isabel – pois está chegando, na verdade, o mistério contido nela.

Que possamos, como a Virgem Maria, ser portadores e anunciadores – com o testemunho de vida – do mistério, que é Jesus Cristo, na vida das pessoas, especialmente àqueles que mais sofrem.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova



O cumprimento da profecia em Jesus Cristo-MT-1,1-16.18-23


Mateus inicia seu Evangelho com uma genealogia de Jesus, através de José, incluindo-o na descendência de Davi. Para nos dar a conhecer que em Jesus Cristo se cumprem as promessas divinas de salvação feitas a Abraão em favor de toda a humanidade (Gen 12, 3). Igualmente se cumpre a profecia de um reino eterno dada por meio do profeta Natan ao rei David (2 Sam 7, 12-16). Assim no Evangelho de hoje Mateus, nos mostra a ascendência de Jesus Cristo segundo a Sua humanidade, ao mesmo tempo em que dá uma indicação da plenitude a que chega a História da Salvação com a Encarnação do Filho de Deus, por obra do Espírito Santo. Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o Messias esperado. Celebramos a festa da natividade de Maria. Ela, jovem pobre e simples é agraciada e escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus que se fez homem e habitou entre nós. Grande foi à alegria que envolveu os Pais de Maria pelo seu nascimento. Todavia, maior é a alegria do mundo. Pois por ela veio o Redentor do mundo.

Assim celebrar a natividade de Maria, é tornar presente e a inserção no projeto de Deus de comunicar sua vida divina e eterna às suas criaturas, homem e mulher, transformando o mundo pelo amor, realizado na vida comum do dia a dia, trazendo a paz e a vida plena para todos.

A grande mensagem apresentada por Mateus é a importância da genealogia entre os judeus. Pois ela representa a estrutura de três grupos. Cada grupo consta de catorze elos que mostram o desenvolvimento progressivo da história sagrada.

Pela genealogia a pessoa via a sua identidade. Via-se ligada à família e tribo. Por ela se pertencia ou não ao eleito. Porém, lendo o relato encontramos os nomes de quatro mulheres Tamar (cfr Gen 38 ). São mulheres estrangeiras, que de um ou outro modo se incorporam na história de Israel, para dizer que a salvação divina abarca toda a humanidade.

Cita-se personagens pecadores, mostrando que os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos humanos. Através de homens cujo comportamento não foi reto Deus vai realizar os Seus planos de salvação. Ele nos salva, nos santifica e nos escolhe para fazer o bem, apesar dos nossos pecados e infidelidades. Tal é o realismo que Deus quis fazer constar na história da nossa salvação.

O povo vai parar em Babilónia fala-se em 2 Reg 24-2 5 para se cumpre a ameaça dos profetas ao povo de Israel e aos seus reis, como castigo da sua infidelidade aos mandamentos da Lei de Deus, especialmente ao primeiro.

Um aspecto a salientar é o fato de entre os Hebreus as genealogias fazer-se por via masculina. José, como esposo de Maria, era o pai legal de Jesus. A figura do pai legal é equivalente quanto a direitos e obrigações à do verdadeiro pai. Neste fato se fundamenta solidamente a doutrina e a devoção ao Santo Patriarca como padroeiro universal da Igreja, visto que foi escolhido para desempenhar uma função muito singular no plano divino da nossa salvação: pela paternidade legal de São José é Jesus Cristo Messias descendente de David.

Concluindo diremos que o relato do nascimento de Jesus ensina através do cumprimento da profecia de Isaías 7, 14 que Jesus é descendente de David pela via legal de José; que Maria é a Virgem que dá à luz segundo a profecia; e por último que Jesus Cristo saiu do seio materno sem detrimento algum da virgindade de Sua Mãe. Por isso, com louvores, celebramos a sempre virgem imaculada, concebida sem pecado.

Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.

fonte: http://www.padrejoaosv.com/

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