"Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons."

Evangelho (Lucas 6,43-49)
Sábado, 11 de Setembro de 2010


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas.
45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio. 46Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo?
47Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48É semelhante a um homem que construiu uma casa: cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a torrente deu contra a casa, mas não conseguiu der­rubá-la, porque estava bem construída.
49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A torrente deu contra a casa, e ela imediatamente desabou; e foi grande a ruína dessa casa”.

Primeira leitura (1º Coríntios 10,14-22)
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


14Meus caríssimos, fugi da idolatria. 15Eu vos falo como a pessoas esclarecidas. Então, ponderai bem o que eu digo: 16O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? 17Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.
18Considerai os filhos de Israel: Os que comem as vítimas sacrificais não estão em comunhão com o altar? 19Então, que dizer? Que a carne de um sacrifício idolátrico tem algum valor? Ou que o ídolo vale alguma coisa? 20Nada disso.
O que eu digo é que os idólatras oferecem seus sacrifícios aos demônios e não a Deus. Ora, eu não quero que entreis em comunhão com os demônios. 21Vós não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; vós não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 22Ou, quem sabe, queremos excitar o zelo santo do Senhor? Somos porventura mais fortes do que ele?

Salmo (Salmos 115)

— Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
— Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.

— Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.


Homilia:

por: Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova



Pelos frutos somos conhecidos

Uma das realidades mais lindas existentes em nossa vida é a certeza de que Deus nos criou por amor e para o amor. A nossa vocação fundamental é a vivência do amor; as demais vocações – sacerdócio, vida religiosa, matrimônio, vida leiga – são consequências disso, ou seja, serão a maneira como viveremos esta vocação primeira: o amor. Somos frutos do amor; não somos frutos de um acaso, de uma sorte boa ou má; não, somos frutos do querer misericordioso, amoroso e terno da Trindade Santa.

Ora, se somos frutos deste amor da Santíssima Trindade (e o somos!), não tenhamos dúvidas disso nunca – logo, no que depender de Deus, tudo concorre para que venhamos a dar certo. Repito: no que depender de Deus tudo já deu certo, indiferentemente das dificuldades e sofrimentos pelos quais passamos ou estejamos passando. Nós precisamos acreditar nesta verdade.

No Evangelho de hoje, Jesus pela boca de Lucas é taxativo em dizer: “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos”. Na verdade, essencialmente, o que Cristo quer dizer com isso? O Senhor quer nos dizer que não existe árvore ruim, pois esta árvore – analogicamente falando – somos cada um de nós; ora, se somos filhos de Deus – repito: e o somos! – por natureza somos bons; o que é ruim, muitas e muitas vezes, são nossa atitudes, ou seja, ou frutos maus que produzimos no lugar dos bons [frutos].

O agir segue o ser. Para dizer que os nossos gestos, as nossas reações, as nossas posturas informam tudo a respeito de nós. Repito: o agir segue o ser. Biblicamente falando: a árvore é conhecida pelos seus frutos.

E quanto a nós? Quais frutos estamos produzindo? Veja, aqui não adianta perguntar quais frutos queremos produzir, mas quais podemos produzir diante do fato de que exteriorizamos em nossa vida não o que gostaríamos, mas o que podemos proporcionar. Não basta querer, pois é uma questão de poder.

E como o demônio procura jogar na nossa cara (por causa dos frutos que produzimos, os quais gostaríamos e lutamos para que sejam bons, mas muitos são de qualidade inferior) que somos árvores más, estéreis, que nunca daremos certo na vida! E como existem pessoas que já assimilaram esta palavra de maldição em suas vidas! Não, não existe árvore má; existem frutos maus, por causa da falta de nutrientes dessa árvore. Sim, o problema está na falta de nutrientes desta árvore, pelo fato de onde ela se encontra plantada; no solo no qual ela se alimenta.

Existe um ditado que diz que para resolvermos algo precisamos ir à raiz do problema. Neste caso, da Palavra de hoje, é preciso ir mais fundo ainda, ou seja, é preciso ir ao solo e analisar quais nutrientes esta terra pode nos proporcionar, para que produzamos frutos de qualidade. De que solo estamos nos alimentando? Onde estamos plantados? Só existe um solo capaz de fazer com que venhamos a produzir os frutos: um solo que seja fértil, nutritivo. E esta nutrição é a Palavra de Deus; é a Eucaristia; são as práticas de misericórdia a serem vividas e praticadas na vida do irmão – materiais e espirituais –; é a vida fraterna com aqueles com quem convivemos… dentre tantas outras.

Estamos produzindo frutos ruins, pois estamos nos alimentando com veneno; estamos plantados em lugares contaminados; quantos alimentos estão aí sendo oferecidos que são verdadeiros venenos: muitos programas de televisão e músicas que são verdadeiros venenos, pois só nos instigam a uma vida de prostituição e promiscuidade; falsas amizades que nos propõem sempre a fazer aquilo que é contra a vivência dos valores e das virtudes…

Um outro fator que nos impossibilita de produzirmos bons frutos é o medo – a pedagogia do demônio para nos destruir é o medo. O medo do sofrimento, da cruz, faz com que venhamos a nos acomodar. Todos querem ressuscitar, mas ninguém quer morrer, ninguém quer cruz. Isso é contraditório. Não adianta, meus irmãos e irmãs, árvore que dá fruto sempre tomará paulada, já diz um ditado antigo. Livremo-nos deste medo das pauladas, pelo fato de darmos bons frutos. Não olhemos para as pauladas que tomamos, mas olhemos para Jesus, para os frutos que Ele produz em nós e para os outros por intermédio de de nós.

fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/


QUE ÁRVORE ÉS TU? Lc 6,43-49
por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla


Realmente não existe árvore boa que produza frutos ruins, nem árvore má que dê frutos bons. Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Que tipo de árvore és tu? É pelas suas ações e atitudes que se conhece se alguém é bom ou mau. Quem tem a trave no olho é árvore má: não pode dar bons frutos nem pode converter os outros, como nós ouvimos no texto de ontem, senão somente escandalizá-los com seu mau procedimento. Ninguém pretende colher figos de um espinheiro, nem se apanham uvas de urtigas. Da mesma forma, como pretenderá alguém corrigir outros se ele mesmo leva uma vida desregrada? O homem bom diz e tira sempre o bem do depósito de boas ações que constituem o tesouro do seu coração como raiz de uma árvore. Mas o homem mau diz coisas más porque há maldade em seu coração. Pois a boca fala daquilo de que está cheio o coração.

Por que vocês invocam Senhor, Senhor, e não praticam o que lhes peço? A fé deve ser comprovada pelas obras para vocês não se tornarem guias cegos ou árvores infrutíferas. Vou mostrar-lhes a quem é comparável todo homem que vem a mim crendo, escuta de coração aberto a minha Palavra e a põe em prática. É semelhante a um homem que, ao construir sua casa, cavou bem fundo e assentou os alicerces na rocha. Vieram as enchentes, precipitaram-se contra aquela casa da vida, e ela não desabou por estar bem construída sobre a Rocha. Assim, aquele que ouve as minhas palavras e as pratica não abala sua estrutura religiosa interior com as tempestades e enchentes da vida, porque tem seus alicerces em mim. Aquele, porém, que ouve as minhas palavras e não as põe em prática na vida é semelhante ao homem que construiu sua casa ao rés do chão, sem o devido alicerce. Quando as águas das enchentes vieram contra essa casa, ela desabou. E sua ruína foi total. Assim, aquele que não fundamenta sua vida em mim, quando lhe surgem problemas, cai no desequilíbrio e na desgraça.

Neste texto Jesus se dirigiu e se dirige especialmente à hipocrisia e à malícia interior dos fariseus e nossa que nos julgamos perfeitos e seguimos somente para contradizê-lo e molestá-lo. E que aplique a nós o ensinamento dessas duas casas. As casas representam a nossa vida: só se constrói uma vez. Por isso, salvação ou condenação - isto é, casa da vida sobre a rocha ou sem alicerce – se decide neste mundo pela vivência ou não da Palavra do Senhor no Evangelho.

Quem apenas ouve, mas não segue, não terá forças para resistir às enchentes dos problemas e sofrimentos da vida, e sofrerá tremenda catástrofe no julgamento final.

Todos os esquemas de vida que não levam em consideração a realidade essencial que é Os professores da Lei julgavam boa a ação se fosse conforme à Lei. Jesus exige que ela venha de um bom interior. O coração é a fonte dos sentimentos, que geram pensamentos, palavras, ações, e é a sede das decisões. Palavras e obras revelam o interior da pessoa, desmascaram o coração como os frutos mostram a qualidade da planta. Consciência em ordem e coração que transborda o bem são pressuposições para quem exerce qualquer apostolado. Nosso tesouro interior será bom se a Palavra de Jesus tomou posse do coração. Não podemos chamar Jesus de Senhor se não vivermos a sua Palavra. Por isso, daí-me Senhor a graça de ser uma boa árvore que produza bons frutos para os meus irmãos e irmãs.
fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia

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