Evangelho (Lucas 18,35-43)
Segunda-Feira, 14 de Novembro de 2011
33ª Semana Comum
Primeira leitura (1º Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64)
Segunda-Feira, 14 de Novembro de 2011
33ª Semana Comum
Naqueles dias, 10brotou uma raiz iníqua, Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco. Estivera em Roma, como refém, e subiu ao trono no ano cento e trinta e sete da era dos gregos.11Naqueles dias, apareceram em Israel pessoas ímpias, que seduziram a muitos, dizendo: “Vamos fazer uma aliança com as nações vizinhas, pois, desde que nos isolamos delas, muitas desgraças nos aconteceram”. 12Estas palavras agradaram, 13e alguns do povo entusiasmaram-se e foram procurar o rei, que os autorizou a seguir os costumes pagãos. 14Edificaram em Jerusalém um ginásio, de acordo com as normas dos gentios. 15Aboliram o uso da circuncisão e renunciaram à aliança sagrada. Associaram-se com os pagãos e venderam-se para fazer o mal. 41Então o rei Antíoco publicou um decreto para todo o reino, ordenando que todos formassem um só povo, obrigando cada um a abandonar seus costumes particulares. 42Todos os pagãos acataram a ordem do rei 43e inclusive muitos israelitas adotaram sua religião, sacrificando aos ídolos e profanando o sábado. 54No dia quinze do mês de Casleu, no ano cento e quarenta e cinco, Antíoco fez erigir sobre o altar dos sacrifícios a Abominação da desolação. E pelas cidades circunvizinhas de Judá construíram altares. 53Queimavam incenso junto às portas das casas e nas ruas. 56Os livros da Lei, que lhes caíam nas mãos, eram atirados ao fogo, depois de rasgados. 57Em virtude do decreto real, era condenado à morte todo aquele em cuja casa fosse encontrado um livro da Aliança, assim como qualquer pessoa que continuasse a observar a Lei. 62Mas muitos israelitas resistiram e decidiram firmemente não comer alimentos impuros. 63Preferiram a morte a contaminar-se com aqueles alimentos. E, não querendo violar a aliança sagrada, esses foram trucidados. 64Uma cólera terrível se abateu sobre Israel.
Salmo (Salmos 118)
Segunda-Feira, 14 de Novembro de 2011
33ª Semana Comum
— Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa Aliança!
— Apodera-se de mim a indignação, vendo que os ímpios abandonam vossa lei.
— Mesmo que os ímpios me amarrem com seus laços, nem assim hei de esquecer a vossa lei.
— Libertai-me da opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos!
— Meus opressores se aproximam com maldade; como estão longe, ó Senhor, de vossa lei!
— Como estão longe de salvar-se os pecadores, pois não procuram, ó Senhor, vossa vontade!
— Quando vejo os renegados, sinto nojo, porque foram infiéis à vossa lei.
A visão mais desejada é a espiritual
Jesus se aproxima de Jericó, etapa final de Sua subida a Jerusalém, distante cerca de 20 quilômetros. Há um cego sentado à beira do caminho pedindo esmola. Sabendo que Jesus passa, grita por Ele, identificando-o como Aquele que lhe pode dar tudo o que precisava para curar a sua cegueira e grita: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
A cegueira, quando acomete o indivíduo perfeito e o torna deficiente, é muito amarga. Ela, no texto de hoje, “bateu na porta” de Bartimeu. Sua vida havia mudado drasticamente pelo fato de ter sido acometido por essa enfermidade havia algum tempo. Este homem era a personificação da infelicidade. Não podia enxergar.
Lucas nos relata que Bartimeu passava suas horas, seus dias, sentado à beira do caminho que levava a Jericó. Por certo, uma passagem obrigatória de todos os viajantes que se dirigiam àquela cidade ou de lá saíam. Ele, o cego, conhecia cada caravana só pelo tropel de seus camelos, as risadas e os gritos de cada cavaleiro. E, sentado à beira do caminho, pedia esmola. Bartimeu é o retrato de todos aqueles que ignoram a Jesus. Cego e pobre mendigo seria a expressão mais correta.
Na manhã dos acontecimentos narrados por Lucas, o caminho de Jericó parecia diferente. Bartimeu chegou cedo, como de costume. Afinal, não se podia perder a oportunidade de arrecadar o máximo possível da bondade dos transeuntes daquele lugar. Algo, entretanto, “cheirava diferente” para esse homem cego.
A fama de Jesus já havia corrido por todos os lados daquela região. Por onde quer que Ele fosse uma multidão O acompanhava. Gente de todas as raças e lugares. O colorido era visto de longa distância.
Um grande som – diferente – se ouvia dos lados de Jericó. O que representava aquele barulho diferente Bartimeu não podia identificar. E chegava cada vez mais perto, a ponto de agora, poder-se ouvir perfeitamente vozes alegres de pessoas caminhando.
Bartimeu ouvia aquilo, mas não sabia o que era. Aliás, o pecador, cego, sem Jesus, ouve muito bem, até mesmo a respeito de Jesus, mas não sabe quem Ele é.
Intrigado com algo tão inusitado, pois naquele caminho os sons que ele estava acostumado a ouvir eram diferentes, Bartimeu interpela alguém que se aproxima dele. A notícia da chegada de Jesus o alvoroça. Ele agora toma consciência do fato. Sabe ser aquela a sua única e grande chance. Sim, porque não quer permanecer a vida toda na cegueira. Jesus, para ele, agora se tornara a grande esperança de felicidade. Há dias ele ouvira falar que aquele homem tinha feito muitos milagres entre os samaritanos e até pensou que se pudesse iria ao encontro d’Ele. Que felicidade! Jesus veio ao seu encontro.
Mas não era bem assim… Jesus estava passando. Mas aquele momento era decisivo. Não poderia deixar passar a oportunidade. Toma a mais importante decisão de sua vida: clama por Jesus. Algumas pessoas o recriminam, impedem-no até! Mas, se houvesse cura para ele aquela era sua única chance. Clama mais alto: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
Que fato interessante! Jesus que tudo sabe, não se importou com aquele cego. Ia passando. É claro que o Senhor sabia da sua profunda necessidade. Estava apenas aguardando o momento certo. E Bartimeu aos gritos insistia: “Tem piedade de mim!” Jesus ouviu. Desde o primeiro instante Jesus ouviu. Como ouve a todos.
Ordenou que trouxessem o cego. E faz a seguinte pergunta: “O que é que você quer que eu faça?” Sua necessidade era física. Era a sua cura da cegueira. Então disse Bartimeu:“Senhor, eu quero ver de novo!”
Para Jesus, a necessidade de Bartimeu ia mais além: a cura espiritual. Igual a todo pecador sem Jesus, ele também necessitava de cura espiritual para enxergar a salvação.
Entretanto, Jesus notou no cego Bartimeu – além do profundo desejo de cura física – uma fé sem limites. Fé que o levou a clamar por compaixão, não se importando com todos os obstáculos que estivessem à sua frente. Essa tamanha fé leva o Senhor a afirmar: “A tua fé te salvou”. O resultado dessa fé foi imediatamente notada, pois Bartimeu sai exultante dando glórias a Deus. O povo que ia junto a Jesu,s ao ver isso, também glorificava a Deus. O pecado cega o homem. Deixa-o à margem da estrada, mendigando, implorando por migalhas da compaixão do mundo.
Coberto por esta capa imunda que satanás lhe ata sobre os ombros, segue a passos largos rumo ao inferno. Mas Jesus, o Filho de Deus, pode dar luz, vida e salvação. A visão mais desejada deve ser a visão espiritual.
Seja você também Bartimeu e grite bem alto: “Jesus, Filho de Davi, tenha piedade de mim!” E Jesus, assim como curou e salvou a ele, respondendo também lhe dirá: “Veja, a tua fé te salvou”.
Padre Bantu Mendonça
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