Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16“Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou.
20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.
(João 13,16-20)



Homilia:
Padre Fabio de Freitas
fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/



Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
fonte: http://blog.cancaonova.com


O texto evangélico de hoje, não sem influência dos Evangelhos sinóticos, é um comentário à cena que o precede imediatamente. Sendo o Mestre e o Senhor, Cristo humilhou-se até a um gesto de escravo: lavar os pés aos Seus discípulos. “Dei-vos o exemplo para que façais o que eu fiz convosco. O servo não é maior que o amo, nem o enviado maior que quem o enviou. Se compreenderdes isto, sereis felizes se o puserdes em prática”.

Jesus levou ao cúmulo os gestos fraternais de serviço que propõe aos seus discípulos, pois fez-se escravo inclusivamente de quem ia atraiçoá-lo daí a poucas horas.

Reivindicar este título divino “eu sou”, em semelhante contexto de traição e morte, é muito significativo, pois une a revelação da Sua divindade com a máxima humilhação de si mesmo.

O Deus que Jesus revela na Sua Pessoa não é um deus prepotente e dominador, mas um Deus humano, um Deus que ama, que sofre, que morre num gesto de serviço e de amor aos seus.

Deus é amor, diz São João; e a medida do amor é amar sem medida. A medida da grandeza divina de Cristo não é o poder, mas o serviço e a entrega de si mesmo até à morte, fazendo-se o homem para os outros. Por este caminho de submissão e de humilhação alcançou a vida imortal e gloriosa aquele que veio servir e não para ser servido. Igualmente, como afirmou Jesus repetidas vezes, a medida paradoxal da grandeza do seu discipulado será também fazer-se o último e o servidor de todos.

O cristão comprometido que pensa, fala e atua como Cristo participará necessariamente no Seu destino de humilhação e de glória. Seguir o exemplo de Jesus não é repetir ritos, mas atitudes: amor e serviço, entrega e renúncia, obediência e autossubmissão. Amor e serviço soam mais positivamente que sacrifício e renúncia, mas este último indica, com realismo, o caminho a percorrer para o primeiro. O amor sincero e o serviço alegre, ao estilo de Jesus, têm de ser o modo de presença do cristão e da Igreja no nosso mundo e sociedade.

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