Naquele tempo, 44Jesus exclamou em alta voz: “Quem crê em mim não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. 45Quem me vê, vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras já tem o seu juiz: a palavra que eu falei o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. 50Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou”.
João 12,44-50
Homilia
Padre Pacheco,
Comunidade Canção Nova.
Anunciar Cristo, e não as próprias idéias, é o serviço e a fidelidade à missão por parte de Paulo e Barnabé, como nos mostra a primeira leitura de hoje. A cidade de Antioquia da Síria converteu-se num foco pujante de Cristianismo, de onde parte a evangelização para os não judeus. O texto começa com um tom de otimismo, próprio dos resumos de Lucas nos Atos: a palavra de deus crescia e propagava-se.
Entre os profetas e mestres que havia na carismática comunidade de Antioquia mencionam-se cinco, entre os quais se destacam barnabé e Paulo, a quem o primeiro trouxera de Tarso. São precisamente eles os dois que o Espírito Santo seleciona , sem duvida pela boca de algum dos profetas, num dia em que jejuavam e prestavam culto ao Senhor. “Com esta missão do Espírito Santo”empreenderam Paulo e Barnabé a sua primeira viagem missionária, de cuja trajetórias e peripécias irá dando conta a primeira leitura falará por alguns dias futuros.
É muito importante sublinhar os pormenores. Primeiro: a escolha dos missionários tem lugar num contexto litúrgico. “Um dia em que jejuavam e prestavam culto ao Senhor, disse o Espírito Santo: separai Barnabé e Saulo para a tarefa a que os chamei”. E segundo: a comunidade de Antioquia solidariza-se com o envio missionário que tem a sua origem no Espírito: “voltaram a jejuar e a orar, impuseram-lhes as mãos e despediram-nos”. Assim se unem culto e missão, fé e evangelização.
Do mesmo modo que não há amor a Deus sem amor aos irmãos, assim também não há liturgia autêntica sem a comunidade que a celebra, e cada um dos seus membros, não se sente interpelada pelo Espírito para a missão apostólica. Uma comunidade aberta não se contentam em reunir os que já estão nela nem celebra o culto para deleite dos devotos, mas vive intensamente a dimensão missionária.
Mais ainda: segundo São Paulo, se toda a vida do cristão animado pela caridade deve ser culto espiritual, “o sagrado ofício de anunciar o evangelho”é uma liturgia em que o apostolo, isto é, Cristo, por meio dele, oferece os homens a Deus.
fonte:http://blog.cancaonova.com
Por: Sesimar Alves / Sobral
Há 5 anos
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