O Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.

(João 15,26–16,4a)


Homilia:

Segundo vemos nos Atos, os apóstolos de Jesus não eram os mesmos antes da Ressurreição do Senhor e depois de Pentecostes. Antes, tímidos e ambiciosos; depois audazes e servidores. Chegando o momento da prova, diante do tribunal judeu proclamam abertamente: é preciso obedecer antes a Deus que aos homens.

O mais fácil é um Cristianismo triunfalista em tempos de bonança e acomodação em momentos de adversidade; mas a Palavra de Jesus não se deixa moldar nem por uma nem por outra atitude. Por isso temos de rever continuamente , tanto no plano comunitário como no pessoal, a nossa conduta e imagem cristãs. Estas têm de se plasmar numa linha firme, embora humilde, forte, mas servidora, incômoda talvez, mas alegre para podermos repetir com São Paulo, sentindo a força na fragilidade humana: “Oprimem-nos mas não nos esmagam; postos em apuros, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados… Incessantemente e por toda a parte trazemos em nosso corpo a morte de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nós”.

Por outro lado, para testemunhar Cristo não temos de esperar pela inimizade declarada do mundo que nos rodeia. O testemunho cristão, ainda que sem palavras, é compromisso de todos os dias e faz parte da tarefa da evangelização que nos compete como membros que somos da Igreja.

Dentro da comunidade humana em que vivemos há múltiplas ocasiões de manifestar a nossa capacidade de compreensão e aceitação dos outros, a nossa comunhão de vida e destino com os nossos concidadãos, a nossa solidariedade nos esforços de todos por quanto existe de nobre, bom e santo. Neste contexto de viver o cotidiano temos de irradiar, de maneira simples e espontânea, a nossa fé e esperança nos valores superiores.

Façamos tudo isso com a alegria de saber que nunca estamos perdidos na nossa solidão, porque no santuário mais inviolável da nossa intimidade temos a companhia do Espírito de Jesus, que é a Sua presença contínua entre nós.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

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