"Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória"

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.
(João 17,20-26)


Homilia:


A união dos cristãos é um tema de perene atualidade. Necessitamos do dinamismo da conversão contínua e progressiva para a unidade, tanto no interior da Igreja, como em âmbito ecumênico ou intereclesial. União primeiramente entre os membros da própria Igreja, e união depois com os cristãos das diversas confissões.

É normal que haja diversos pontos de vista no que é acidental e diversidade de opiniões para problemas que surgem em situações sócio-culturais distintas. Mas não é cristão que por isso levantemos muros de divisão, causando escândalo aos que nos veem de fora. Ponhamo-nos de acordo no essencial em âmbito interno mediante o amor e o diálogo e respeitemos as legítimas diferenças. Assim não perderemos eficácia missionária e evangelizadora.

Critérios que são válidos também para as relações com os irmãos separados. É evidente o contratestemunho que hoje, como durante séculos, nós os seguidores de Jesus oferecemos ao mundo, divididos em diversas confissões cristãs. Jesus rezou ao Pai: “Que todos sejam um para que o mundo acredite que tu me enviaste”. Graças a Deus está em marcha o movimento ecumênico que trata de reunificar o Corpo de Cristo, desmembrado através da história por culpa e intransigência de uns e de outros.

Felizmente, é muito mais o que nos une do que o que nos separa. Pontos básicos e comuns são estes: 1º - Fé em Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e Pai Nosso, a quem rezamos a oração comum dos filhos de Deus; o Pai-Nosso que Jesus nos ensinou. 2º - Fé em Jesus Cristo, Filho de Deus e Salvador nosso, por quem temos a vida de Deus num mesmo batismo. 3º - Fé no mesmo Espírito vivificante. 4º - O mesmo Evangelho, basicamente o mesmo credo e, fundamentalmente, a mesma Palavra de Deus na Bíblia.

Tudo nos diz que somos “irmãos separados” que devem unir-se, segundo o desejo de Cristo, para que o mundo acredite n’Ele e para que haja um só rebanho, uma só Igreja, sob um mesmo Pastor. São Paulo expressava assim o ideal e fundamento da unidade cristã: “Um só corpo e um só Espírito, como uma só é a meta de esperança da vocação a que fostes chamados: um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos” (Ef 4,4s).

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

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