Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11b“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo.17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”.
(João 17,1-11a)
Homilia:
O nosso testemunho da verdade, que é Cristo, centra-se no amor, segundo o desejo de Jesus: “Que sejam um como nós, para que o mundo acredite”. Por sua vez esse amor brota do amor que Deus nos tem e pelo qual nos oferece a nova vida pascal em Jesus e pelo Seu Espírito. “Se Deus nos amou desta maneira, também nós devemos amar-nos uns aos outros”. Disso somente é capaz quem vive como consagrado e santificado pela verdade, isto é, em união com Cristo.
Para testemunhar essa nova vida de consagrado, o cristão deve experimentá-la antes e vivê-la pessoalmente pela fé, pois esta nova vida está com Cristo, escondida em Deus. Por isso o crente não tem distintivo exterior algum que o identifique. O júbilo pascal da nossa adoção filial por Deus pertence ao mundo da fé; e a fé é, antes de tudo, experiência vivencial, dom e graça do Senhor, e não mero conhecimento conceitual deste.
A vida nova com Cristo, fruto da nossa consagração pelo Pai, é oferecida a todo o que acredita que Jesus é o Filho de Deus, como repete insistentemente o quarto Evangelho. Com a força dessa fé e vida nova seremos capazes de transformar tudo, dentro de nós e à nossa volta: trabalho, estudo, vida familiar, problemas pessoais, compromisso social, solidão, doença e morte.
Temos de provar, de gostar e de ensaiar com entusiasmo a nossa vida pascal, convertendo o coração aos bens do Alto, ainda que sem nos desinteressarmos das pessoas e do mundo. Consideremo-nos mortos para o pecado e suas obras e ressuscitados com Cristo para Deus. Dois tempos ou movimentos de uma mesma melodia, com aparência negativa o primeiro e com nome positivo o segundo, mas inseparáveis e, no fundo, iguais.
Para vencer o ódio do mundo, no meio do qual temos que viver, não há meio melhor e mais convincente que o testemunho da verdade pelo amor.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
Por: Sesimar Alves / Sobral
Há 5 anos
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