Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse.6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste.9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.
(João 17,1-11a)
Homilia:
O Evangelho nos traz a oração de Jesus ao Pai diante de Seus amigos e em voz alta e é um convite para os discípulos e, hoje, para cada um de nós, para que sejamos, cada vez mais, homens e mulheres de oração, de intimidade com o Pai, por meio do Filho, na ação do Espírito.
Mas diz-se que hoje em dia há crise de oração entre os cristãos; que se reza pouco e quando se reza, reza-se mal. Contudo, felizmente, não faltam casas, grupos e vigílias de oração.
A jovem Igreja começou o caminho histórico da missão treinando-se na oração comunitária, e não por uma atividade febril sem contato com Cristo e o Seu Espírito. Porque na oração, que cria comunhão com Deus, está a força da comunidade e do cristão para testemunhar aos homens a presença de Cristo, o Senhor glorioso e Salvador da humanidade.
Necessitamos orar sempre, e com mais intensidade ainda nos momentos de crise pessoal ou comunitária, para nos reafirmarmos na nossa identidade cristã. Porque então só nos pode reabitar um encontro pessoal com o Deus, que é vida e amor, dons dados a quem com Ele se comunica.
A oração é falar com Deus como pessoas livres; mais ainda, como filhos Seus que somos. Saber rezar não é difícil; basta falar com o Senhor. Muitas vezes, sequer é necessário falar, pois escutar é o suficiente. A nossa oração pode ser individual ou comunitária, mental ou vocal, espontânea ou já construída (salmos, preces, cânticos, bênçãos, etc.), e a oração por excelência: o Pai-Nosso.
Necessitamos orar, quer seja nas ocupações de cada dia, quer seja retirando-nos a sós com Deus. Mas num e noutro caso, escutando a Jesus, que é escutar o Pai, e orando com Ele para captar o mistério do inexprimível e testemunhá-Lo depois aos nossos irmãos, os homens. Porque a oração, a contemplação e a experiência de Deus, quando são autênticas, passam à ação de libertação em cada um de nós. Isso é levar a oração à vida e a vida à oração.
Convençamo-nos: a oração com Jesus nos é indispensável para uma vida cristã autêntica e fecunda. Hoje é ocasião de nos perguntarmos como e quanto rezamos individual e comunitariamente. Santa Teresa sempre dizia às suas filhas e Deus, por meio dela, a cada um de nós: quem reza muito, se salva; quem reza pouco, se condena.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
Por: Sesimar Alves / Sobral
Há 5 anos
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