“Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem!”

Evangelho (Lucas 4,31-37)
Terça-Feira, 31 de Agosto de 2010


Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!”
35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.

Primeira leitura (1º Coríntios 2,10b-16)
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.


Irmãos, 10bo Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que está nele? Assim também, ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu. 13Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais.
14O homem psíquico – o que fica no nível de suas capacidades naturais – não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. 15Ao contrário, o homem espiritual – enriquecido com o dom do Espírito – julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.


Salmo (Salmos 144)

— É justo o Senhor em seus caminhos!
— É justo o Senhor em seus caminhos!

— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.




fonte:http://www.webtvcn.com/


Homilia:

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova


Jesus fez da casa de Pedro, em Cafarnaum, a Sua segunda casa. 80% da vida pública de Cristo aconteceu em Cafarnaum, pois era um ponto estratégico – devido à grande circulação de pessoas – para o anúncio do Reino de Deus.

A sinagoga em que o Senhor se encontra, em Cafarnaum, segundo o episódio do Evangelho de hoje, fica exatamente ao lado da casa do apóstolo. Ali, Jesus constantemente instruía o povo. E está instruindo o povo quando uma pessoa possuída pelo demônio se manifesta, pois não consegue dividir espaço e ambiente para Aquele que é o Senhor da vida, a verdade e o caminho de todo ser humano.

Muitas realidades más ainda encontram espaço em nós, em nossa casa, em nosso coração, porque este espaço ainda não foi aberto para que Jesus possa entrar e operar na vida de cada um de nós. Onde o Senhor entra – e Ele quer entrar e só entrará se for convidado – nada daquilo que é contra a vontade de Deus permanece; tudo se manifesta para que a cura, a libertação e o amor de Deus possam ser revelados.

O demônio reconhece imediatamente que Jesus é o Santo, o Filho de Deus; e mais: o demônio admite e professa isso como sendo verdade. E nós, professamos com a nossa vida, com as nossas atitudes e testemunho que Jesus Cristo é o Santo, o Filho de Deus?

A grande meta do coração de Jesus é expulsar – com a nossa permissão – tudo aquilo que nos oprime, nos aprisiona, nos deixa cativos e sem vida; o que faz isso em nós é o pecado que entra em nosso coração, porque encontra lugar vago, vazio. Sempre que deixamos de fazer o bem – com amor – abrimos espaço para que o pecado aí se aloje.

Não há bem maior que possamos fazer do que deixar o Senhor entrar na sinagoga do nosso coração e expulsar todos os demônios que estão nos aprisionando e nos escravizando. Quando, neste caso, refiro-me ao demônio, estou me referindo ao pecado propriamente dito.

Façamos o maior bem que podemos fazer: dar Deus e a Sua Palavra ao nosso ser, ao nosso coração. Alimentados pelo amor e pela Palavra d’Ele, somos convidados a dá-Lo aos nossos irmãos. Aí está a causa da nossa vida, da nossa libertação, da nossa cura, da nossa salvação. Desta forma, o nosso coração vai se dilatando, se inflamando do amor de Deus, fazendo com que espaços não aconteçam para o mal se alojar.

Todos se admiram que Jesus mande nos espíritos impuros, ou seja, depois do evento Cristo – encarnação, paixão, morte e ressurreição -, o pecado e a morte não possuem mais a última palavra na nossa vida. Quem possui a última palavra é a vida, é Jesus Cristo. Acreditemos nesta verdade e não demos mais poder para quem não o tem! É preciso tomarmos a decisão de deixar o Senhor reinar sobre a nossa vida. O restante virá por acréscimo e por graça, como sempre; pois tudo nesta vida é graça, bondade, misericórdia de Deus.

Façamos o bem com gratuidade e generosidade. O mundo está do jeito que está não porque os maus são muitos, mas porque os bons não são santos, não são melhores para os outros, para a vida do próximo.

fonte: http://blog.cancaonova.com



por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla
setembro 1st, 2009

Este episódio da expulsão de um espírito impuro, narrado por Lucas, ocorre logo no início do ministério de Jesus. Ele passava o seu ensinamento às multidões, com sua ação amorosa e libertadora. É interessante o fato de que os primeiros atos de Jesus narrados por Lucas estejam ligados à expulsão dos demônios. Para os antigos, todos os males que afligiam as pessoas eram considerados obra de algum demônio, principalmente as doenças. Para conseguir a cura, era necessário expulsar o demônio. Jesus pode fazer isso porque venceu as tentações: abundância, poder, riqueza e prestigio, através das quais o diabo age, provocando os males do povo. Isso é o sinal concreto da chegada do Reino de Deus, que traz liberdade e vida para todos.

Cafarnaum é o centro da atividade de Jesus na Galileia, e aí Ele costuma ensinar na sinagoga no dia de sábado, que é o dia santo dos judeus. As pessoas se espantam com o seu ensinamento, porque Ele “fala com autoridade”. Que autoridade é essa? Certamente uma compreensão nova das Escrituras, aplicando diretamente o seu anúncio à uma prática de libertação concreta. Enquanto os doutores da Lei ficavam em especulações abstratas, Jesus vai direto ao que interessa ao povo: a Palavra de Deus como libertação concreta, interna e externa, dentro das situações em que o povo vive.
O primeiro milagre contado por Lucas é a expulsão de um demônio, indicando que, para libertar as pessoas primeiro é preciso expulsar o demônio. Quem é ele? É alguém que conhece Jesus, e sabe que Jesus é uma ameaça para seu império demoníaco. Ele chama Jesus de o “Santo de Deus”. Isto é, que Jesus, concebido por obra do Espírito Santo, é portador desse mesmo Espírito, capaz de vencer o domínio do espírito do mal. Para compreendermos bem o que isto significa, devemos nos lembrar de que a principal ação do demônio é alienar as pessoas, impedindo-as de pensar e agir por si mesmas. Tudo aquilo que aliena as pessoas é mau e demoníaco, e então compreendemos que as ideologias, as propagandas mentirosas, os sistemas, as estruturas opressoras são agentes do demônio, enganando e manipulando o povo. Quem seria esse demônio de hoje? Todos aqueles que tapeiam e manipulam o povo, para explorá-lo e oprimi-lo, a fim de conseguir vantagem. E esses agentes do demônio sabem muitos bem que Jesus é perigoso para eles, porque pode destruir o seu “negócio rentável”.
Entendemos, então, o espanto do povo e a fama de Jesus, que vai se espalhando pela redondeza. Jesus, com sua palavra e ação, vence os demônios que alienam o povo. Ele devolve ao povo a capacidade de ver, de pensar e agir por si, usando sua liberdade para conquistar a vida a que todos têm direito. O povo só é impedido disso por alguns que, demoniacamente, só pensam e buscam a própria abundância, poder, riqueza e prestigio, deixando todos os outros na miséria.

Quais são os demônios que hoje te deixam alienado, impedindo-te de ver, ouvir, falar e agir com liberdade, para descobrir e seguir o caminho da santidade? É justa uma lei que impede de curar? Em tua casa, bairro, cidade ou país existem leis assim? Quais são os demônios que provocam as doenças na tua casa e entre os teus familiares? Como esses demônios agem? Não te esqueça nunca: Jesus veio e Ele está presente ao teu lado, na tua casa e no teu coração para expulsá-los todos. Basta acreditar, confiar e saber esperar que Ele agirá!

Pai, faça-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de Ti. Como Jesus, quero abalar e derrotar o poder do mal deste mundo.

fonte:http://blog.cancaonova.com/homilia

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