"Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna."

Evangelho (João 3,13-17)


Terça-Feira, 14 de Setembro de 2010
Exaltação da Santa Cruz


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.
16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

Primeira leitura (Números 21,4b-9)
Terça-Feira, 14 de Setembro de 2010
Exaltação da Santa Cruz

Leitura do Livro dos Números.

Naqueles dias, 4bos filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.


Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (Fl 2,6-11)
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.


6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”





Força e Vitoria
Eliana Ribeiro


Salmo (Salmos 77)

— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

— Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
— Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
— Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.


Homilia:

Exaltação da Santa Cruz
por: Pe Pacheco


Deus Nosso Senhor, ao se fazer carne, em Jesus Cristo, assume todo ser humano e o ser humano inteiro, ou seja, a Encarnação do Verbo possui um caráter redentor: a salvação do ser humano, escravizado pelo pecado e pela morte, e um caráter perfectivo: levar o ser humano à perfeição, perfeição esta que é possível somente na eternidade pela salvação em Cristo.

Todavia, toda esta redenção e perfeição, que Cristo quer levar a cada ser humano, passa necessariamente pela Cruz. Hoje celebramos a Exaltação da Santa Cruz; tal festa, na Igreja, não nos quer levar a uma contemplação sádica, ou seja, contemplar e sentir prazer no sofrimento de alguém; não, não é isso; mas sim, nos levar a contemplar o maior gesto de amor e humanidade já presenciado pela terra: a entrega de um Justo – de Deus – no lugar de cada um de nós, que merecíamos tal condenação, mas que Jesus Cristo assumiu em nosso lugar.

Nesta perspectiva, a Cruz possui sentido e essa festa também; aliás, contemplá-la [Cruz], nesta Festa da Exaltação da Santa Cruz, é contemplar o que está além dela, ou seja, a ressurreição. O cristão não olha para a Cruz, mas além da Cruz, para dizer: a ressurreição é o foco do seguidor de Cristo.

O povo de Deus se rebelou contra Ele no deserto, e toda rebelião, interiormente, faz vir de dentro de quem se rebela realidades mortíferas de venenos e males. Aí está o sentido mais profundo do fato de serpentes terem aparecido nesse local [deserto] e imediatamente o povo se rebelar contra o Senhor. No entanto, não podemos fazer uma leitura fundamentalista desse fato, dizendo que o Todo-poderoso lançou serpentes venenosas para o mal do Seu povo. Entendamos uma coisa: de Deus jamais poderá vir algum mal para que o ser humano possa ser prejudicado. O Senhor deixa a cada um de nós de tal forma livres que temos a liberdade, até mesmo, de não querê-Lo. A liberdade do ser humano – neste caso, o povo no deserto – usada de forma errada, se rebelando contra Deus – repito – faz vir à tona o que ele tem de pior, ou seja, realidades de pecado, que envenena – como uma cobra – o ser humano todo e todo o ser humano.

Deus manda Moisés construir uma serpente e suspendê-la, para que todos que a contemplarem possam ser curados do veneno causado pela rebelião; aqui está a prefiguração da Santa Cruz, pois todos olharão para Aquele a quem traspassaram, como já profetizara o autor sagrado.

O que estamos contemplando em nossa vida é a grande pergunta para nós no dia de hoje. Contemplar a Santa Cruz não é contemplar a cruz em si; mas sim, contemplar a ressurreição, contemplar a vitória de Cristo em nossa vida. Diferentemente disso, contemplar simplesmente a cruz é contemplar o sofrimento, a dor, a derrota, causas de tanta rebelião dentro de nós.

Que a Cruz redentora de Cristo cure o nosso coração, para que possamos olhar a vida “através” dos sofrimentos. Um padre amigo meu deparou-se, certa vez, com uma menina de treze anos que estava com câncer terminal e era cadeirante. Esta menina era muito feliz e, por incrível que pareça, sabia da sua situação; aliás, tanto sabia que tinha em seu coração as palavras do médico, o qual havia lhe dito que ela teria somente mais quatro ou cinco meses de vida. Contudo, isso tudo não tirava a alegria daquela menina de viver. Numa determinada ocasião, este padre amigo meu fez mais uma visita à família da garota, quando, impressionado pela alegria da menina enferma, resolve lhe perguntar a causa de tamanha alegria.

A surpresa foi que a menina só responderia a tal pergunta se ele a levasse para o seu quarto, pois estava com muita dor. Quando chegam ao quarto, ela pede ao sacerdote que a coloque em sua cama, pois quer repousar um pouco. O padre lhe pede que ela responda à pergunta acerca do motivo da sua felicidade em meio à situação toda que ela enfrentava e sobre a qual tinha conhecimento. Ela pede que o sacerdote contemple um quadro que está na parede de seu quarto; o quadro era de Jesus Bom Pastor, ou seja, Jesus cercado de ovelhas, tendo uma em Seus braços. Ali, naquele instante, a menina explica a causa de tamanha alegria: “Todas as ovelhas que estão em torno de Jesus são muito amadas por Ele; porém, existe uma que é a mais amada: é aquela que está em Seus braços, pois está enferma. Esta ovelha, que está nos braços de Jesus, sou eu – disse a menina –; sou a mais amada por Ele”.

Esta menina não olhou para o câncer, mas além do câncer, ou seja, olhou para Jesus, para a Cruz Redentora e por isso contemplou a salvação.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

fonte: http://blog.cancaonova.com/homilia/


SENTIDO DA CRUZ Jo 3,13-17

por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla

O valor tão elevado que atingem certos objetos está relacionado diretamente com a importância da pessoa que o usou. Em si mesmos, seu valor é infimamente menor. Assim, a festa de hoje não teria nenhum valor para nós, se o Cristo não tivesse se doado por amor e por nosso resgate, derramando sua vida em nosso favor. Com certeza, haverão aqueles que, sem entender o verdadeiro sentido, acusar-nos-ão de estarmos adorando um objeto no lugar de Jesus. A estes irmãos advirto que o lenho da cruz, assim como os santos e até Maria, não teriam para nós nenhum sentido, se não fosse pelo Cristo que experimentaram e pelo qual se doaram, deixando-nos o exemplo de que sim, é possível, que criaturas imperfeitas e pecadoras - pela sua graça - alcancem méritos diante de seu Criador.

A festa da Exaltação da Santa Cruz é, portanto, como muito bem colocou frei Caetano Ferrari, a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o Cristianismo a cruz é o símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo Padre, pais e padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo. Desde os tempos antiqüíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque o Filho do Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos que n’Ele crêem e lhes dá a vida eterna.

No Evangelho de hoje Jesus retoma esses símbolos do passado bem conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte) para dizer que, no lugar da serpente de bronze pendurada no alto de um poste de madeira, Ele mesmo é quem seria levantado no lenho da cruz. Se o pecado e a morte advieram da insídia e veneno do demônio, nos símbolos da árvore proibida e da serpente do paraíso e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna advêm do Cristo levantado no alto da cruz de onde Ele atrai a si os olhares de toda a humanidade.

Eis porque a Igreja canta na Liturgia Eucarística da festa: Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por ti redimidos, te cantamos louvor! E na Liturgia das Horas: Mais altaneira do que os cedros, ergue-se a Cruz triunfal: não traz um fruto de morte, traz a vida a todo mortal.

SENHOR JESUS, NESTA FESTA EM QUE EXALTAMOS O MADEIRO NO QUAL RESTAURASTES NOSSO CONVÍVIO HARMONIOSO COM O PAI, TE PEÇO QUE, ENQUANTO CAMINHO NESTE MUNDO, CERCADO POR PROBLEMAS, DORES E DISTRAÇÕES, NUNCA ME ESQUEÇA DO TEU SACRIFÍCIO POR MIM E, DA MESMA FORMA, QUE TU NÃO REJEITASTE A TUA CRUZ, MAS A LEVASTE ATÉ AO FIM. QUE CONTIGO EU APRENDA A NÃO FUGIR DELA MAS, PEDIR FORÇAS À DEUS PAI PARA ME DOAR AOS MEUS IRMÃOS NAQUILO QUE ESTIVER AO MEU ANCANCE, ATÉ QUE UM DIA POSSA CONTIGO CANTAR O ETERNO HINO DE LOUVOR LÁ NO CÉU ONDE VIVEIS E REINAIS COM O PAI NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM!

fonte: http://www.cancaonova.com

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