"O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará."

Evangelho (Mateus 17,22-27)
Segunda-Feira, 8 de Agosto de 2011


Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Ca­far­naum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”
25Pedro respondeu; “Sim, pa­ga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.



Primeira leitura (Deuteronômio 10,12-22)
Leitura do Livro do Deuteronômio.


Moisés falou ao povo dizendo: 12“E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, 13e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz.
14Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe. 15No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência, isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado.
16Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, 17porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno. 18Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa.
19Portanto, amai os estrangeiros, porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito. 20Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás; a ele te apegarás e jurarás por seu nome. 21Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus, que fez por ti essas coisas grandes e terríveis que viste com teus próprios olhos.
22Ao descerem para o Egito, teus pais eram apenas setenta pessoas, e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso quanto as estrelas do céu”.


Salmo (Salmos 147)

— Glorifica o Senhor, Jerusalém!
— Glorifica o Senhor, Jerusalém!

— Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
— A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.
— Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, e nenhum outro revelou os seus preceitos.


Homilia:

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Estado é Poderoso...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este evangelho apresenta-nos uma questão muito séria, a Igreja de Cristo, que é Sinal e Sacramento do Reino de Deus, deve ser submissa ao Estado? O pagamento de imposto Como a própria palavra já diz, é Imposto, e sinaliza uma total submissão por parte de quem o paga.

O apóstolo Pedro, que juntamente com os demais, já estava bem aflito com o anúncio da paixão, que Jesus tinha feito no caminho para a Galiléia, não quis saber de brincadeira, quando chegaram a Cafarnaum e um cobrador de impostos lhe perguntou se o Mestre pagava imposto, imediatamente respondeu que sim, ou seja, ele está dizendo com isso, que o Mestre e todo o grupo estava submisso ao Poder Imperial.

O Sistema político – social e econômico, dita suas normas, e aqui não falamos de impostos, mas de princípios de vida, e a gente, como vaquinha der presépio vai dizendo “Amém”. Pedro não queria que o Poder visse em Jesus um inimigo, alguém que pensava contrário, por isso respondeu de imediato que o Mestre pagava imposto.

Jesus pouco depois faz-lhe uma pergunta provocadora:” De quem os Reis da terra recebem impostos, dos Filhos ou dos estrangeiros?”. Com isso ele quer mostrar a sua total liberdade em relação ao Poder, o Filho está submisso ao Pai e a ninguém mais, e sendo Filho, não precisa pagar nenhum tipo de tributo ou imposto, pois Deus nos ama gratuitamente e nada nos impõe.

E para mostrar que realmente todas as coisas estão submissas ao Pai, manda Pedro ir pescar, e o primeiro peixe fisgado terá na boca uma moeda suficiente para pagar o imposto de Jesus e de Pedro também. Peixe era o sinal com que os cristãos se saudavam algo como um código secreto entre eles, principalmente no tempo das perseguições.

A igreja não pode estar sob a tutela do estado como aconteceu após o século IV quando Roma declarou o Cristianismo como a Religião Oficial do Império, a quem esteve atrelada por todo o período chamado de Cristandade. O evangelho deixa claro que os interesses dos Poderosos que governam uma Nação, nunca irá coincidir com os princípios cristãos, o anúncio da paixão, no primeiro versículo mostra isso.

O Estado é Laico, mas isso não dá a essa Instituição a Soberania nos assuntos que dizem respeito a Vida Humana, alguém tem que “Botar a Boca no trombone” com voz firme e profética, essa missão compete á Igreja e aos cristãos...

2. Deus está atento às necessidades de seus filhos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Com o anúncio de sua paixão, Jesus insiste junto aos discípulos que ele não é o messias glorioso do judaísmo, mas é simplesmente o "humano" (Filho do Homem). Está sujeito às nossas fragilidades e limites e não veio assumir uma posição de poder opressor, mas veio para servir e comunicar-nos o amor e a vida eterna.

É o Filho de Deus que se fazendo humano nos torna divinos. Pedro, questionado se seu mestre paga o imposto do Templo, prontamente responde que sim. Jesus relativiza a questão: os impostos são uma forma de opressão do Templo que se assemelha aos reis da terra.

No Reino de Deus, os filhos estão livres. Não sendo ainda ocasião de contestá-lo, o pagamento é feito para evitar escândalos entre o povo. A imagem da moeda na boca do peixe simboliza que Deus está atento às necessidades de seus filhos.


fonte:
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d2




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