"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus".

Evangelho (Mateus 5,1-12a)
Domingo, 7 de Novembro de 2010


Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.





Primeira leitura (Apocalipse 7,2-4.9-14)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João:


Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3“Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”.
4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.
11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos, e dos quatro Seres vivos, e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12“Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém”. 13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?”
14Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”.
E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.


Segunda leitura (1João 3,1-3)
Leitura da Primeira Carta de São João:


Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.


Salmo (Salmos 23)



— É assim a geração dos que procuram o Senhor!
— É assim a geração dos que procuram o Senhor!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.
— “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.
— Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a geração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”.





Homilia:



fonte: http://www.webtvcn.com


Ser santo é ser pobre e bem-aventurado

por: Pe. Pacheco

Hoje celebramos a solenidade de todos os santos e a liturgia da Palavra enriquece e dá cor à esta festa, pois traz a essência da santidade: santidade é ter Deus como nossa única riqueza, primeira bem-aventurança. Aliás, sem esta - por isso é apresentada como sendo a primeira - tanto para Mateus quanto para Lucas, sem ser pobre - primeira bem-aventurança, jamais viveremos as demais, pois todas dependem da primeira. Os santos são bem -aventurados porque assumiram a principal bem-aventurança: a pobreza evangélica: ter Deus como sua única riqueza. As demais foram e são consequência desta.

Diante da bem-aventurança da pobreza, a sociedade consumista proclama a sua própria bem-aventurança: Bem-aventurados os que têm e podem gastar, porque são felizes. É a mensagem incluída em toda a publicidade, verdadeiro “cavaleiro do apocalipse”, que tudo arrasa semeando escravidão e insatisfação. Na base de se criarem necessidades fictícias, o homem atual está acorrentado a uma corrida sem fim, condenado a não descansar em nenhuma meta. Como não se fica nas necessidades reais, todo o salário lhe é insuficiente, todo trabalho é pouco, qualquer nova aquisição é incapaz de lhe dar a felicidade sonhada. Confunde o ter com o ser; confunde o acumular de bens com o ser pessoa e ser feliz; o ter meios de vida com o ter razões para viver.

Quando a nossa atitude pessoal diante do dinheiro e dos bens nos desvia dos “meios” de subsistência dignos e humanos: alimentação, vestuário, casa, família, estudo, educação, cultura, para os converter em “fim” obsessivo da nossa vida, começamos a soldar os elos da cadeia que nos amarra à tirania de um novo ídolo: o consumismo.

Não é verdade que conhecemos pouca gente feliz? Parece mentira que o homem atual, sabendo tanto e tendo tantas coisas, não tenha aprendido a ser feliz.

Mais do que coisas, necessitamos de razões para viver e partilhar, pois a felicidade não pode estar fora de nós, nas coisas, mas há de brotar de dentro. A felicidade é um estado de alma e uma possessão do espírito, os quais se baseiam na realização do indivíduo como pessoa.

Há gente muito feliz com muito poucas coisas. São os que assimilaram a bem-aventurança da pobreza afetiva e efetiva e sabem ser solidários com os outros no partilhar. São os que se dão conta de que a sociedade do bem-estar, da abundância e do desenvolvimento econômico ilimitado dá, efetivamente, meios de vida ao homem, coisas e mais coisas; mas não lhe dá razões para viver, nem lhe pode dar a sabedoria da vida que nos faz descobrir os motivos para trabalhar e lutar, sofrer e gozar, esperar e amar, inclusive a fundo, o perdido.

Jesus proclamou bem-aventurados e felizes os pobres de bens e despojados de si mesmos, que são solidários e partilham com os irmãos o que têm, pouco ou muito, porque assim estão em condições de ser cumulados por Deus e enriquecidos com os dons do Seu Reino. Ao dizer-nos hoje: “Não amontoeis tesouros perecíveis”, convida-nos para viver em liberdade com o coração posto no tesouro secreto da verdadeira felicidade: amar a Deus sobre todas as coisas e os nossos irmãos como a nós mesmos.

por: Pe. Pacheco
Comunidade Canção Nova


O SERMÃO DO MONTE Mt 5,1-12a
por: Padre Bantu Mendonça K. Sayla

O chamado “Sermão da Montanha”, discurso inaugural do ministério público de Jesus, se estende até ao capítulo 7 do Evangelho de S. Mateus. É o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro. Neste domingo simplesmente ficamos nas bem-aventuranças.

O Evangelho deste domingo nos traz o Sermão da Montanha. Falar dele em poucas palavras é uma missão bem difícil para mim, já que eu olho para ele e vejo uma grande lição em cada versículo.

Sempre que o Sermão da Montanha é mostrado nos filmes, Jesus está andando pelo meio da multidão e falando bem alto. Quando lemos no Evangelho, descobrimos que não foi bem assim, como nos filmes. Na verdade, Jesus olhou para a multidão, subiu o monte em silêncio, e sentou. Os discípulos se aproximaram e sentaram perto d’Ele. Foi então que Jesus abriu a boca e começou a ensinar-lhes. Então se os discípulos estavam perto, não havia por que falar alto! Foi uma “aula particular” para os discípulos, e que deve ter sido bem mais extensa do que as poucas linhas que ficaram registradas no livro de Mateus.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” Quem são os “pobres de Espírito”? E por que é deles o Reino dos Céus? Se alguém lhe perguntasse “de quem é o Reino dos Céus?” você responderia “dos pobres de espírito”? Não? Nem eu. Por isso precisei pesquisar outras traduções e estudar sobre o assunto para entender o que está escondido nesse versículo… Pobre em espírito é aquele que tem o espírito vazio de si próprio, a ponto de reconhecer sua pequenez e pedir humildemente que Deus ocupe esse vazio do seu espírito. Não importa se a pessoa é rica ou pobre de dinheiro, pois não é impossível para o pobre ser arrogante, nem para o rico ser humilde. O Reino dos Céus é destas pessoas porque são estas que se permitem ser preenchidas, no seu vazio, pelo próprio Deus. São estas pessoas que espalham as sementes do Reino dos Céus em forma de Amor.

“Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.” Já começo aqui lembrando que só se aflige quem se importa, quem se preocupa. Com que/quem você se importa? Quem está aflito de verdade, chora. Como Jesus chorou no Getsêmani. Você já chorou de arrependimento pelos seus erros? Pelas dificuldades que você teve (ou está tendo) que enfrentar? Acredite: elas foram ou estão sendo necessárias. Se Deus as permitiu, existe uma razão. Você pode até não entender hoje, mas confie em Deus: depois de uma grande aflição, sempre vem uma grande recompensa.

“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.” O verdadeiro manso é aquele que, mesmo tendo a possibilidade e a escolha de aniquilar aqueles que se opõem a ele, escolhe a paciência. No entanto, o verdadeiro manso não é passivo e indiferente ao que é errado, mas defende a Verdade mesmo que isso lhe custe a vida. Nesse mundo cruel em que vivemos, o normal é que os mansos sejam “engolidos” pelos violentos. Mas na lógica de Jesus, quem vai “herdar a terra”, ou seja, quem vai permanecer no final de tudo, são os mansos. Por quê? Porque os violentos matam-se uns aos outros.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.” Aqui está implícito algo interessante: que neste mundo a justiça é falha. Mas todos nós já ouvimos a expressão: “a justiça divina tarda, mas não falha”. Alguém lhe caluniou? Alguém lhe trapaceou? Alguém lhe condenou e castigou injustamente? Não se preocupe: mais cedo ou mais tarde, essa pessoa terá de acertar as contas com Deus. E, sem sombra de dúvidas, irá colher o que plantou.

fonte: http://www.cancaonova.com/portal

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